Erros comuns de acessibilidade em banheiros
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Mesmo com normas para orientação como a ABNT 9050 sobre acessibilidade em edificações, muitos lugares ainda apresentam erros que acabam atrapalhando ou até impedindo o seu uso.
No vídeo eu aponto três erros muito comuns de se encontrar. O primeiro é o vaso sanitário com abertura frontal. Essa peça passou a ser copiada por muitas pessoas mas sem um critério, parecia um vírus, uma coisa do mal que se espalhava sem controle.
Digo isso porque praticamente nenhuma pessoa com deficiência aprova esse modelo de vaso sanitário, pelo contrário, ele é desconfortável e perigoso. Até que a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED) aprovou uma resolução que proibiu sua utilização em 2012 e depois essa proibição passou a contar na atualização da norma NBR 9050 em 2015, agora válida para todo o território nacional.
O segundo erro é a falta de espelho. Eu mesmo já tive que sair do banheiro adaptado e ir para o banheiro comum só para dar uma olhada no espelho. Ou as pessoas pensam que deficiente não tem sua vaidade? Principalmente as mulheres, pois nesse caso é um banheiro acessível exclusivo para pessoas com deficiência e unissex. E lembrando, um espelho numa altura adequada ou com inclinação para que uma pessoa em cadeira de rodas ou baixa estatura consiga se enxergar.
E finalmente, o terceiro erro é a falta de uma tranca, para fechar a porta do banheiro e ter sua privacidade. Nesse caso, até havia uma tranca mas ela estava quebrada, e a falta de manutenção até poderia ser considerada como um erro à parte, pois muitos dão pouca importância em conservar este local. Mesmo assim, a crítica é para chamar a atenção que muitos lugares sequer possuem uma tranca.
Já fui surpreendido várias vezes no meio do meu procedimento para esvaziar a bexiga, porque não conseguia trancar a porta, mas ao mesmo tempo não podia deixar de fazer o procedimento. É claro que ai até teria um outro erro, que é a educação das pessoas, pois praticamente todas as “invasões” eram de pessoas que não possuíam deficiência e queriam utilizar o banheiro exclusivo.
Haveria mais erros para citar, porém quis colocar somente três erros comuns que costumo encontrar, senão esta matéria viraria praticamente uma vistoria técnica, ou até mesmo parte de um curso sobre acessibilidade, que na verdade estamos prestes a lançar. Isto até serve para mostrar o que no empreendedorismo chamam de “autoridade”, que é mostrar que você tem conhecimento e experiência.
Vejo muitos lugares que buscam “profissionais” que dizem ter autoridade em acessibilidade, mas que depois descobrem, após o serviço finalizado que erros foram cometidos. Em parte é culpa do próprio cliente que confiou na palavra dele, e não buscou ver se esta pessoa realmente tinha autoridade no assunto, pois dizer que é um arquiteto ou engenheiro, por exemplo, infelizmente ainda não quer dizer que você tenha um com conhecimento em acessibilidade.
Fonte: Turismo Adaptado
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