"Fiquei paraplégica por causa de piercing e hoje inspiro pessoas na web"

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Layane, 21, ganhou mais de 20 mil
seguidores em poucos dias após
compartilhar sua história
Imagem: Bruna Leite
A estudante de recursos humanos Layane Ferreira do Nascimento, 21, de Brasília (DF), gosta de se cuidar e era modelo de uma maquiadora. Em junho do ano passado, fez um piercing no nariz. Um mês depois, perdeu o movimento das pernas por causa de uma infecção que a deixou por mais de 60 dias internada. Veja também Loja de vestidos de noiva encanta ao colocar manequim cadeirante em vitrine Placa proíbe criança com paralisia de brincar: “Ela é totalmente excluída” “Tem homem que acha que, porque estou na cadeira de rodas, virei vegetal” Na cadeira de rodas há seis meses, ela decidiu, em janeiro, mostrar seu dia a dia no Instagram, plataforma em que conquistou 22 mil seguidores com superação.


“Fiz um piercing no nariz em junho do ano passado. Estava tudo bem durante um mês, mas aí apareceu uma bolinha na ponta do meu nariz. Fui tratando porque achava que era uma espinha. Depois de uma semana, sumiu, mas comecei a sentir bastante dor nas costas.

Durante duas semanas, eu ia e voltava do hospital, porque os médicos não achavam nada de errado nas minhas costas e me medicavam. Na sexta-feira, acordei com as pernas bem fracas. Consegui tomar banho, ir à igreja e, na volta, deitei para tirar um cochilo. Quando acordei, às 17h, eu já não sentia minhas pernas.

Na hora, eu não fiquei desesperada, porque estava com muita dor. Achei que quando passasse a dor nas costas, eu voltaria a sentir minhas pernas. Fui levada de ambulância para o hospital e, lá, o médico fez o exame de sensibilidade dos meus membros inferiores e já colocou uma sonda, porque não estava conseguindo fazer xixi.

Os exames de sangue e de urina apontaram que eu estava com infecção no sangue. Fui transferida para outro hospital onde fizeram uma tomografia. Novamente, eles não conseguiram ver o que estava acontecendo. Perceberam que tinham uma infecção, mas não entendiam o que era.

Eu teria que fazer uma ressonância, mas, para isso, era preciso esperar por dois dias. A dor era tanta que comecei a tomar morfina. Foram os piores dias da minha vida: eu pedia para morrer por causa da dor.

Na ressonância, conseguiram ver que havia pus na coluna vertebral comprimindo três vértebras. Tive que fazer uma cirurgia para tirar a secreção. Os médicos fizeram a cultura do pus e descobriram que era uma bactéria nasal, desenvolvida na pele. Perguntaram se eu tinha tido sinusite ou alguma ferida. Contei sobre a espinha depois de perfurar o nariz. Ele me disse, então, que o piercing foi a porta da entrada para que a bactéria entrasse no meu corpo.

Fiquei mais de dois meses no hospital para fazer todo o tratamento. Atualmente, faço fisioterapia três vezes por semana para retomar o movimento das  pernas.

Assim que voltei para casa, decidi que queria contar a minha história, mas aquela ainda não era a hora. Os médicos e minha família me incentivavam a falar disso, mas eu ainda não me sentia muito à vontade para me expor. Eu sempre fui vaidosa. Não sentia vergonha, mas não estava pronta para falar da situação.

Estou na cadeira de rodas há seis meses. Percebi então que estava pronta de corpo, alma e mente para contar essa história.  Fiz uma série de stories no Instagram sobre a minha vida. Na época, eu tinha 1,8 mil seguidores na rede social. Depois de publicar a história, fui fazer uma sessão de fotos com minhas amigas. Quando cheguei em casa, publiquei uma das imagens. Em uma noite, dobrei a quantidade de seguidores. Atualmente, 22,3 mil pessoas me acompanham na internet.

“Tenho muito orgulho da minha cicatriz. Ela é a minha marca da vida”, diz a estudante Imagem: Barbara Leite É muito bom e satisfatório poder ajudar outras pessoas com o que estou passando. Nunca pensei que poderia inspirar os outros. Eu ainda estou me acostumando com essa vida, mas eu estou adorando.

Jamais pensei que tanta gente compartilharia o que eu digo. Tem algo que não me deixa desistir: é a minha fé de que vou voltar a andar, de que vou superar isso. Eu acho que é importante as pessoas verem pelo que passei para entenderem que não há nada que não possamos superar.

Quero mostrar que dá para ser alegre apesar de tudo o que passei. ,Quero também inspirar as pessoas também a serem mais gratas.  A minha cicatriz na coluna é, hoje, uma das partes que mais gosto do meu corpo. É um jeito de lembrar da segunda chance que Deus me deu. Sou muito orgulhosa dela.”


"Tenho muito orgulho da minha cicatriz. Ela é a minha marca da vida", diz a estudante Imagem: Barbara Leite.

Fonte: universa.uol.com.br

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