Alunos de Engenharia Mecânica desenvolvem protótipo para auxiliar na reabilitação de cadeirantes
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Alunos no Laboratório de Robótica Assistiva do curso de Engenharia Mecânica do UniSALESIANO |
Um
grupo de alunos do 10º termo do curso de Engenharia Mecânica do
UniSALESIANO, desenvolveram um protótipo inovador e exclusivo que irá
auxiliar no processo de reabilitação de pessoas com deficiência incapacitante
dos membros inferiores.
Denominado “Exoesqueleto”,
o equipamento possuí vários diferenciais como: baixo custo, boa funcionalidade,
eficiência e durabilidade. Ele foi construído parcialmente no Laboratório
de Robótica Assistiva da instituição.
O
professor de Automação Industrial e Física, Edval Rodrigues de Viveiros,
que acompanhou o desenvolvimento do Exoesqueleto, explica que a ideia de
construir o equipamento surgiu da necessidade auxiliar na reabilitação da
professora, Genilda Aguiar de Valparaíso, mãe de uma ex-aluna do
curso de Fisioterapia da instituição.
“Há
uns quatro anos conheci essa senhora que é tetraplégica devido a um acidente de
carro. Pensando em sua reabilitação, apresentei a ideia do Exoesqueleto a um
grupo de alunos e eles toparam”, disse.
Segundo
Viveiros, o projeto é uma experiência inédita produzida com custo
reduzido. “Equipamentos desta natureza já existem no mercado
internacional, entretanto, seu custo não é menos que 25 mil dólares”,
destacou.
O
protótipo foi desenvolvido com materiais acessíveis como alumínio e plástico
ABS. Apresenta o que chamam de “6 graus de liberdade”, ou seja, seis
possibilidades de movimentação espacial, onde quatro delas são atuantes (joelho
e quadril) com motores que produzem os movimentos.
Em uma
abordagem multidisciplinar entre as engenharias e a fisioterapia foram
realizados estudos de biomecânica do movimento de sentar, levantar e caminhar,
e sobre o controle para permanecer na postura em pé, para equilíbrio.
O co-orientador
do projeto, professor Fernando Henrique Alves Benedito, Fisioterapeuta e
Engenheiro Mecatrônico, participou ativamente na construção do protótipo.
Além da estrutura, destacou a importância que o aparelho terá no trabalho da
fisioterapia com Genilda.
“Para
se reabilitar, um paciente com disfunções neurológicas, causadas por um
acidente vascular cerebral ou acidente automobilístico, há a necessidade de
criar uma nova memória do movimento perdido, como o levantar-se e ficar em pé”, disse.
Segundo
ainda Benedito, inicialmente o dispositivo será uma ferramenta de reabilitação
neurológica, principalmente em clínicas, ambulatórios e instituições de
cuidados a esses pacientes.
Participaram
do desenvolvimento do Exoesqueleto os acadêmicos: Chaira Parpinelli
Ferreira; Débora da Costa Gandra; Erick Vinicius Demarque Scarpim; Lincon M. T.
Kawaguishi Junior; Marcio Cristiano da Silva Narcizo, Mike Vinicius de Souza; Orientado pelo
professor Físico do UniSALESIANO, Edval Rodrigues de Viveiros e co-orientado
pelo Fisioterapeuta e Engenheiro Mecatrônico, Fernando Alves Henrique Benedito, e
pelo Engenheiro de Computação, Rodrigo de Andrade Simon.
ESPERANÇA
Genilda
e sua filha Giseli Aguiar, descobriram sobre o projeto do
Exoesqueleto em dezembro de 2017, quando receberam o Lift de
transferência, também desenvolvido por alunos do UniSALESIANO,
orientados por Viveiros.
“Saber
que o professor Edval estava incentivando os alunos a voltarem seus trabalhos
para um projeto tão importante e grandioso assim, me emocionou bastante”, disse Genilda.
Segundo
ela, no Japão, já se usa o exoesqueleto nos asilos para auxiliar idosos que não
tem força para caminhar. Nos Estados Unidos, o exoesqueleto é usado por
soldados para percorrerem longas distâncias.
“Este
projeto é muito complexo, ousado e moderníssimo. Sinto muito orgulho por estar
sendo desenvolvido no UniSALESIANO”, salientou.
Para
Giseli, o projeto é incrível, e vai muito além de apenas um trabalho de
conclusão de curso. “Esta é uma ação maravilhosa. Pessoas que querem
ajudar ao próximo, transformando em realidade o sonho de alguém”, destacou.
Segundo
ainda a fisioterapeuta, o equipamento irá ajudar na reabilitação não apenas de
sua mãe, mas de muitas outras pessoas que possuem esse tipo de deficiência.
Além de
estimular emocional e psicologicamente os pacientes, a sensação de estar em pé
traz muitos benefícios, como a melhora na frequência cardíaca, e também da
circulação sanguínea.
“Se
Deus quiser o Exoesqueleto será aperfeiçoado e o professor Edval atingirá seu
objetivo com grande maestria. E, muitos serão os benefícios e beneficiados por
este protótipo”,
concluiu.
Fonte:
UniSalesiano
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