Turistas com deficiência indicam viagens para Bonito (MS) e Paris
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Ricardo Shimosakai
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Turistas profissionais,
Ricardo Shimosakai, 50, e Bruno Favoretto, 36, relembram lugares com boa
infraestrutura para pessoas com deficiência e aqueles destinos que ainda
precisam melhorar em acessibilidade.
Ricardo Shimosakai, 50,
é paraplégico, consultor de acessibilidade e diretor da Turismo Adaptado
FUI E VOLTARIA
Os instrutores estão capacitados para atender pessoas com deficiência e
oferecem vários aparatos para tornar o passeio possível. Eu preciso de uma
almofada para andar em barcos com assentos rígidos, e não tive a necessidade de
levar minha própria porque os guias tinham o acessório
FUI E NÃO VOLTARIA
Decepciona porque é o cartão de visitas do Brasil. No Cristo Redentor não se
chega à plataforma mais alta de elevador, só de escada rolante, inviável se a
pessoa com deficiência estiver sozinha. O transporte público também deixa a
desejar
Na verdade, eu costumo
dizer que não voltaria para nenhum dos lugares que visitei. Isso não quer dizer
que não gostei de nenhum, mas como eu gosto de conhecer novos destinos, não
repetiria um destino que já fui. É claro que isso é uma decisão como turista,
pois já voltei a alguns destinos várias vezes por causa do trabalho, como por
exemplo, 3 vezes para a Alemanha, 4 vezes para o Japão, 2 vezes para o México
entre outros.
Já fui várias vezes
também para o Rio de Janeiro e voltaria sim. Eu só coloquei um desabafo, uma
grande revolta de um destino tão importante do Brasil, que pela sua importância
ao nosso país, deveria estar muito mais acessível, e infelizmente não é. Os
órgãos responsáveis pelo turismo carioca nunca me deram atenção, e me tratam
com arrogância. Acreditem, mas já tive que escutar, que a cidade não precisa
ter o trabalho de se preocupar com a acessibilidade, afinal ela já é muito
procurada por turistas de todo o mundo.
FUI E VOLTARIA
Fui em maio de 2018. Pode ser vista como um modelo de acessibilidade para
grandes cidades. Há banheiros públicos em várias praças do centro e era fácil
encontrar cabines adaptadas, com portas maiores para permitir a passagem da
cadeira. As calçadas são planas e têm boas rampas de acesso
FUI E NÃO VOLTARIA
O táxi é o meio de transporte preferido dos turistas na capital argentina. Era
muito difícil, porém, achar um motorista que topasse me levar, aparentemente
por preconceito. Esse constrangimento desanimou o passeio
Bruno Favoretto, 36, é
paraplégico e já viajou a 21 países
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Fonte: Folha de São Paulo
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