Mulheres com deficiência pedem políticas de acessibilidade e de enfrentamento ao preconceito
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por: Wilson Faustino
Mulheres
com Deficiência discutem propostas para a 4CNPM Foto: César Tadeu
Brasília, 2 de março de 2016 -
O enfrentamento ao preconceito e a efetivação de recursos de acessibilidade
para pessoas com deficiência estão entre as principais recomendações
apresentadas durante a Consulta Nacional das Mulheres com Deficiência, iniciada
nesta terça-feira (1º), em Brasília. Mulheres com diferentes tipos de
deficiência e de diversas partes do país discutem e elaboram propostas para
serem enviadas à 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres
(4ªCNPM), marcada para 10 a 13 de maio.
Para a secretária adjunta de Articulação Institucional e Ações
Temáticas da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Ministério das
Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos
(SPM/MMIRDH), Linda Goulart, as principais demandas estão
relacionadas às dificuldades que as mulheres com deficiência enfrentam
cotidianamente. “Elas reconhecem os muitos avanços, mas apontam a necessidade
de colocar em prática as políticas públicas na ponta, nos Estados e nos
municípios”. Linda Goulart relata a dificuldade encontrada. “As necessidades
vão desde equipamentos adaptados, até a disponibilidade de profissionais
capacitados e treinados para lidar com as especificidades das pessoas
com deficiência”.
O conceito de acessibilidade é amplo e não diz respeito somente à
questão de adaptação do espaço físico, como explica a secretária adjunta.
“Precisamos avançar na garantia da acessibilidade em suas diversas modalidades.
Pensar em instrumentos de comunicação, no acesso à educação, à saúde e ao
atendimento de casos de violência, que atinge bastante as mulheres com
deficiência”, ressaltou. Linda Goulart afirmou que a pauta da Consulta Nacional
será levada para a 4ª CNPM, de forma a dar visibilidade às questões
apresentadas.
Preconceito - A
presidente do Conselho Estadual das Pessoas com Deficiência de São Paulo, Maria
Gorete Costez de Assis, defende campanhas de educação e conscientização para
evitar o preconceito e a violência contra as mulheres com deficiência. "Há
grandes discriminações, acima de tudo no que diz respeito à saúde e à
educação", destaca. Maria Gorete também integra o Conselho Nacional dos
Direitos das Pessoas com Deficiência (Conade).
Participante dos debates da Consulta Nacional, a jovem Sara Santos,
de 18 anos, quer dar visibilidade às dificuldades enfrentadas por crianças e
adolescentes com deficiência. “A questão das meninas com deficiência merece uma
atenção especial. Muitas vezes elas ficam presas dentro de
casa e são superprotegidas pela família. Precisamos promover a
inclusão dessas meninas, elas não têm informação sobre s seus direitos no que
diz respeito ao acesso à educação e ao mercado de trabalho”, afirmou.
Sara Santos explica ainda que um dos principais desafios é o
enfrentamento ao preconceito. “A questão da autoestima é algo que pega muito
forte. Temos que combater os padrões de beleza que existem hoje, que
nós, mulheres com deficiência, não nos enquadramos e acabamos sofrendo
discriminação. Faltam informação e campanhas de conscientização”, defende.
Eixos temáticos – Durante
toda esta quarta-feira (2), as participantes da Consulta Nacional discutiram e
apresentaram propostas em torno dos quatro eixos temáticos da 4ª CNPM. Ao
término dos debates, foram aprovadas três recomendações e três desafios para
cada tema. Nesta quinta-feira (3), as mulheres com deficiência escolhem as sete
delegadas que defenderão a pauta durante a etapa nacional, em maio.
Ascom – 4ªCNPM
Site – www.spm.gov.br/4cnpm
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Twitter - https://twitter.com/4cnpm
Fonte: SPM
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