Professores treinam para lidar com deficiências em escolas inclusivas
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Terceiro episódio da série de reportagens
sobre a educação inclusiva
mostra a importância de se colocar no lugar
do outro.
Na terceira reportagem da série que o
Jornal Nacional apresenta sobre a inclusão de crianças com necessidades
especiais em escolas comuns, a Sandra Passarinho mostra a importância de se
colocar no lugar do outro.
Mãe: Ela vai todos os dias pra escola.
Repórter: Vai sempre com transporte da
escola?
Mãe: Da escola.
O esforço para a Suelen chegar à escola é
grande, como é o prazer em estar lá.
Repórter: O que você gosta de estudar?
Suelen: Gosto mais da matemática.
Na escola municipal, ela também aprende a
gostar de si mesma.
Repórter: O pessoal na escola fala alguma
coisa quando você vem maquiada?
Suelen: Eles falam que eu sou muito bonita
com maquiagem. E gostam também.
É possível sentir o que sente um aluno com
deficiência, graças a um dos trabalhos desenvolvidos no Cefai, o Centro de
Formação e Acompanhamento à Inclusão, da Prefeitura de São Paulo.
Repórter: Qual é a sensação que te dá ao
estar na cadeira de rodas?
Professora: Emoção. E gasta muito energia.
Lá, professores treinam outros professores
para educar a sensibilidade.
"É uma sensação muito angustiante não
conseguir enxergar, não conseguir observar o que está ao nosso redor",
afirma uma mulher.
O grupo se prepara para fazer uma
simulação, lidando com a deficiência auditiva.
“Quando você começa a trabalhar com a
pessoa que tem deficiência, você tem dó. Eu falo que cada um não precisa ser
especialista, mas se você tiver o olhar e tentar fazer alguma coisa, a gente
constrói uma sociedade melhor, mais justa e mais inclusiva pra todo mundo”, diz
a professora Ana Lucia Ferreira de Lima.
Uma prática adotada na escola inclusiva é
fazer com que alunos que não tem uma deficiência dialoguem com alguns colegas
incluídos na linguagem que eles entendem. A reportagem mostra uma aula de
libras.
A aula prática de capoeira é inclusão em
uma escola em Campo Grande, onde se aprende a driblar os limites do corpo.
“A gente como mãe de criança especial, eu
era um pouco cética. Tipo ‘eu só acredito vendo’”, lembra Raquel de Lima, mãe
de Rafael Vinícius.
Raquel acabou vendo o que a capoeira fez
pelo filho Rafael, de 16 anos, e por tantos outros jovens com deficiência.
"Ficou mais extrovertido e mais alegre
também, porque a música contagia e ele gosta”, conta Raquel.
O professor Josimar acreditou nesses
meninos. Ele é ligado a uma instituição que divulga a capoeira inclusiva no
Brasil inteiro, e em 60 países.
"A diferença não é barreira, a
diferença é que integra. Como um quebra-cabeça, as peças precisam ser
diferentes pra encaixar. Se forem todas iguais, o quebra-cabeça não se
forma", defende o professor Josimar de Araújo.
No lugar do ceticismo, entrou a crença na
superação:
“Eu tenho dois filhos, e ele é minha
inspiração. Acho que a gente nunca tem que desistir de nada. Não tem que
esconder em casa, tem que mostrar. É exemplo. As pessoas precisam de exemplo”,
diz Raquel.
Fonte: Jornal Nacional
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