Clodoaldo Silva testa acessibilidade do transporte do Rio: trem é o ponto fraco

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Clodoaldo Silva precisou ser carregado na estação de trem de Realengo


O Rio de Janeiro será a sede das Olimpíadas e também das Paralimpíadas de 2016. Para sediar os dois eventos, a cidade busca se adaptar às necessidades especiais das pessoas com problemas de mobilidade. O transporte público é um dos desafios. Dono de 13 medalhas olímpicas, sendo seis de ouro, o nadador Clodoaldo Silva testou a cidade, e os trens foram o ponto fraco da Cidade Maravilhosa.

Já na estação de Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, Clodoaldo precisou ser carregado por dois seguranças, para descer as escadas e chegar à plataforma.

– Não sou daquelas pessoas que gostam de exaltar coisas de outros países. Mas eu viajei muito. Lá fora, estou mais acostumado a viajar de trens, de transporte público. Essa é a minha grande inveja. Não é só o Rio, o Brasil inteiro não está preparado para receber as pessoas com deficiência, com mobilidade reduzida – afirmou.

O secretário estadual de transportes do Rio de Janeiro, Carlos Roberto Osório, garante que existem investimentos para melhorar o acesso de deficientes aos trens.

– O sistema ferroviário está sendo renovado. No sistema de metrô, estamos expandido até a Barra da Tijuca, e o metrô já é completamente acessível no Rio de Janeiro. O nosso sistema de barcas também hoje é completamente acessível. O nosso desafio, no que diz respeito à acessibilidade, são as estações do sistema ferroviário. É um sistema muito antigo e, à época da sua construção, infelizmente, a acessibilidade não foi uma prioridade.

Os planos para as Paralimpíadas incluem a reforma de seis estações (Deodoro, Vila Militar, Engenho de Dentro, São Cristóvão, Magalhães Bastos e Ricardo de Albuquerque). As outras 96 seriam atualizadas até 2020.

No sistema BRT, Clodoaldo elogiou a facilidade de acesso, mas acredita que existam poucas vagas para deficientes.

– A gente encontrou aqui uma facilidade de chegar e entrar. Mas está preparada apenas para um cadeirante. Se o Brasil tem 45 milhões com necessidades especiais, o Rio de Janeiro também tem uma população de pessoas com necessidades especiais. O BRT foi uma evolução, mas precisa de mais vagas para pessoas com deficiência.

Os ônibus urbanos já contam com uma grande frota de veículos com elevadores para cadeirantes. Mas o secretário Carlos Roberto Osório reconhece que o equipamento tem problemas, principalmente de manutenção.

– O índice de quebra e de problemas com o equipamento é muito grande. Nós estudamos e desenvolvemos um novo elevador, que está sendo testado. Ele tem duas vantagem. Hoje, a porta de acesso do cadeirante, com o elevador, é a mesma do usuário regular. Isso gera um desgaste, pelo entra e sai de pessoas por sobre o equipamento. No novo ônibus que estamos testando, o cadeirante tem uma entrada exclusiva. O elevador não fica mais exposto, fica em um bagageiro. É acionado com muito mais facilidade pelo motorista, é mais suave. E nós acreditamos que teremos muito menos problemas de manutenção.

Fonte: G1

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