Jardim sensorial do Jardim Botânico é reaberto com mais acessibilidade
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Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil
O Jardim Sensorial oferece um conjunto de plantas com diferentes texturas e aromasTomaz Silva/Agência Brasil |
Um espaço com plantas para serem tocadas, cheiradas e
provadas, totalmente acessível e adaptado com rampas, piso táctil e informações
em braile. O Jardim Sensorial do Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi reaberto
hoje (30) ao público, após ficar cerca de um ano fechado. Período no qual foi
revitalizado e adaptado para receber deficientes físicos e visuais.
O espaço, criado em 1989, traz plantas com diferentes
aromas e texturas que convidam o visitante a aguçar os sentidos além da visão.
Entre as espécies estão suculentas, orquídeas, manjericão, alecrim e menta.
O engenheiro agrônomo Ulisses Carvalho de Souza, do
Centro de Responsabilidade Socioambiental do Jardim Botânico, explica que além
da revitalização e adaptação do espaço, a parceria com o Instituto Masan também
possibilitou a ampliação do projeto com a contratação de oito monitores, dos
quais três são cegos e um tem baixa visão, selecionados pelo Instituto Benjamin
Constant, centro de referência nacional em questões de deficiência visual.
De acordo com ele, o Jardim Sensorial é muito procurado
pelo público em geral, e também por pesquisadores. “Então, essa agregação de
valor para o Jardim Botânico – que não é um parque de visitação, e sim um
instituto de pesquisa – é maravilhosa". Ulisses disse que assim como temos
as coleções botânicas, científicas, de orquídeas, bromélias, aráceas,
"temos [no Jardim Sensorial] não uma coleção científica, mas uma porção
mínima de algumas espécies que as pessoas não conseguiriam tocar nos canteiros,
ver detalhes”.
Um dos monitores selecionados pelo instituto é Luciano
Souto Batista, 25 anos, que tem no jardim sua primeira experiência
profissional. Para ele, a atividade promovida no Jardim Sensorial ajuda a
sensibilizar o público para as questões da deficiência visual.
“Aqui, a gente coloca venda nos visitantes, e cada um
tem reação diferente. Tem uns que desistem no meio da atividade, se sentem
tontos, se sentem mal; outros gostam, acham interessante", segundo
Luciano.
O Jardim Sensorial funciona no Complexo do Cactário do
Jardim Botânico.
Edição: Stênio Ribeiro
Fonte: Agência Brasil
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