SDH/ PR participa de simulado de acessibilidade no Aeroporto Tom Jobim
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Nos preparativos para os Jogos
Olímpicos e Paralímpícos RIO 2016, foi realizado, um simulado de acessibilidade no Aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro,
a principal porta de entrada para as delegações dos cerca de 180 países que
disputam a competição em setembro do ano que vem. A atividade foi realizada
pelas secretarias de Direitos Humanos (SDH/PR) e Secretaria da Aviação Civil
(SAC/PR) da Presidência da República, em parceria com a Agência Nacional da
Aviação Civil (Anac) e a RIOgaleão, empresa concessionária do terminal.
Na atividade, 41 pessoas com deficiência testaram
todos os procedimentos de embarque e desembarque via fingers, as pontes que
ligam os terminais às aeronaves, e o embarque remoto, que utiliza ônibus e
ambulifts, veículos que levam os cadeirantes do solo à aeronave, além das
etapas de inspeção (raio x) e áreas da Receita Federal. Tudo sob a observação
dos técnicos de operação aeroportuária e representantes das companhias aéreas,
atentos às sugestões dos voluntários e a medida do tempo de embarque de cada
passageiro.
O coordenador de acessibilidade da SDH/PR, Rodrigo
Machado, destacou a importância dos testes de procedimento para o conhecimento
da diversidade deste público. “Cada pessoa com deficiência é diferente, seja
entre as pessoas cegas e de baixa visão, pessoas surdas, cadeirantes e usuários
de próteses, por exemplo, então os operadores e as empresas devem estar preparados
para adotarem os procedimentos corretos”, comentou.
Outro aspecto de análise do simulado foi o tempo de
atendimento de cada passageiro, já que o aeroporto do Galeão, que recebe um
volume diário de cerca de 20 cadeirantes, deve estar pronto em estrutura e
logística para receber vinte ou mais atletas em diversos voos, com chegadas e
partidas simultâneas no período dos Jogos Paralímpicos.
“O simulado cumpriu com o seu objetivo ao
apresentar a situação de forma real. Vamos fazer uma análise de como alguns
aspectos podem ser melhorados, como o tempo de embarque e propor alternativas”,
disse o gerente de operações da Anac, Marcelo Lima. Entre as alternativas, o
gerente citou a possibilidade a ampliação do tempo de apresentação dos
passageiros, o espaçamento maior entre os voos no período dos jogos e a
priorização do estacionamento das aeronaves com grande número de pessoas com
deficiência nas pontes de embarque.
O representante do comitê técnico de operações
especiais, Marcus Pires, da SAC/PR, avaliou que o teste atingiu o objetivo por
evidenciar as necessidades da operação. “Agora vamos traçar um plano de
melhorias. O Galeão já realiza o atendimento, a preocupação maior é a
simultaneidade. Então é adaptar o que já é feito para a situação específica dos
jogos com as obras que serão realizadas aqui e nos outros aeroportos”.
Voluntários - Com duração de quatro horas, o evento
contou com 15 pessoas cegas e com deficiência visual do Instituto Benjamin
Constant e mais 26 cadeirantes da Associação Niteroiense de Deficientes Físicos
(Andef). A entidade procurou levar a maior diversidade possível de pessoas com
dificuldades de locomoção entre paraplégicos, tetraplégicos, paralisados
cerebrais e usuários de próteses. “È a primeira vez que participamos de um simulado
assim e nos empenhamos em vir por achar que é uma oportunidade para atender
melhor atletas e passageiros”, afirmou o gestor de esportes da entidade,
Douglas Amador.
Medalhista paraolímpico em Sydney 2000 e Atlanta
2004, além de participante de competições de nível internacional, Douglas
imagina que é impossível atingir a perfeição em qualquer evento com mais de
quatro mil atletas, mas considera fundamental a realização de simulados antes
dos chamados eventos-teste. “É importante para que a gente possa começar a ver
onde estão os problemas para melhorar o máximo possível do atendimento”,
comentou.
Segundo a gerente de Chegadas e Partidas da Rio
2016, Valeria Sorrentino, a opinião das pessoas com deficiência envolvidas será
crucial para os próximos testes. “Queríamos ouvir os voluntários e agora
podemos aprimorar os demais simulados, considerando ainda que o Rio de Janeiro
já está recebendo um número maior de atletas, então tudo isso faz parte do
grande legado dos jogos para as cidades, que é a preparação de todo pais para
atender melhor as pessoas com deficiência”.
Companhias e operadores - Para o assessor técnico
da diretoria de Segurança de Voo, Rogério Benevides, da Associação Brasileira
das Empresas Aéreas (Abear), o simulado foi eficiente ao justar a coordenação
de todos os elos do sistema. “Todos os aeroportos só trabalham de maneira
eficiente quando estão extremamente coordenados e esse exercício teve o mérito
de conseguir iniciar este processo”, afirmou.
O simulado também envolveu representantes do Grupo
Executivo dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 (GEOLIMPÍADAS), do
governo federal, da Autoridade Pública Olímpica (APO) e Infraero.
Assessoria de Comunicação Social
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