Cadeirante realiza sonho ao fazer rapel em BH com o Corpo de Bombeiros

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Andréa Mascarenhas perdeu os movimentos das pernas aos 7 anos depois de um acidente com o carro da família; jovem prepara livro contando sua história.

CAROLINA CAETANO.

FOTO: CORPO DE BOMBEIROS / DIVULGAÇÃO.
 

O dia era especial, de muita festa. Afinal, Andréa Moreira Cançado Mascarenhas Fontes completava 28 anos. Porém, a jovem não esperava que o aniversário no último sábado (25) teria um gostinho diferente. Cadeirante há 20 anos, a jovem realizou o sonho de praticar rapel. O presente veio de militares do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e o esporte foi realizado em Belo Horizonte.

“Eu tinha o sonho de escalar uma montanha. Minha amiga, a Laísa, sabia e fez contato com o amigo dela, que é da ONG “Ajudar Não Dói”. Ele logo entrou em contato com o batalhão, contou minha história para o tenente, que gostou e autorizou o rapel”, contou radiante a jovem.

Tudo foi organizado sem o conhecimento da Andréa, e com a ajuda da mãe dela, Lilita Mascarenhas.“Ela não sabia de nada. Falei que sairíamos no sábado e nos arrumamos. Sem que minha filha esperasse, um carro do Corpo de Bombeiros chegou com a sirene ligada e estacionou na nossa porta. Nesse momento, minha filha ficou sabendo que iria ao batalhão”, contou Lilita.

Já na Prontidão de Incêndio do 1º Batalhão, onde aconteceu a surpresa, a cadeirante foi recebida pelo comandante da Academia de Bombeiros Militar (ABM), tenente-coronel Erlon Dias do Nascimento Botelho. Enquanto a estrutura era montada, ela conheceu as instalações do local. Em seguida, a jovem se preparou para a aventura.

“Achei um máximo. Muita adrenalina e não tive medo. Sempre fui apaixonada pela profissão deles. Os bombeiros salvam vidas, e isso é muito bonito”, disse.

Andréa Mascarenhas descendo de rapel auxiliada por um bombeiro.
Além do rapel, que aconteceu na torre de instrução, Andréa subiu na viatura de Autobomba Plataforma Escada (ABPE). “Depois disso tudo, ainda ganhei uma camisa personalizada com o meu nome. Os bombeiros disseram que, agora, eu também faço parte da corporação”, explicou toda orgulhosa.

A alegria da filha é compartilhada pela mãe. Lilita emocionou-se ao contar à reportagem de O TEMPO o carinho e cuidado que os militares tiveram com a jovem. “Foi impressionante ver como eles trataram a minha filha. Ali não existia nada de superioridade de patentes. Eram todos iguais em prol do sonho da Andréa. Ao final, eles disseram que, a cada vida que fossem salvar, levariam o exemplo da dela. Sou grata por tudo que os militares fizeram. Foi um dia inesquecível”, explicou.

A ação contou com a participação de militares da ABM, do 1º Batalhão, do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (Bemad) e do 3º Batalhão.

“Sou a cadeirante mais feliz do mundo”. 

A alegria de Andréa contagia quem convive com a jovem. Cheia de planos, ela finaliza o livro “Mãe Sem Igual”, onde conta a sua história.

“Sou a cadeirante mais feliz do mundo.Em 2013, realizei o sonho de conhecer o papa Francisco no Rio de Janeiro e receber uma benção dele. Agora, fiz o rapel. O próximo passo é concluir o meu livro, que, além de contar a minha história, e uma homenagem à minha mãe, que esteve comigo em todos os momentos”, disse a cadeirante.

Por sua vez, Lilita afirma que a filha é a responsável pela força que ela tem. “Sem saber, a Andréa me ensina uma coisa diferente a cada dia. É um presente de Deus”, finalizou. 

Acidente. 

Em 1994, com apenas 7 anos, Andréa perdeu os movimentos das pernas após um acidente de carro. A jovem voltava de um evento familiar com os pais e um primo de segundo grau. Na estrada de Cordisburgo, na região Central do Estado, ao fazer uma ultrapassagem, o pai da cadeirante capotou o carro e caiu em uma ribanceira.

Com o impacto do acidente, Andréa foi arremessada para fora do veículo. Ela ficou três meses e meio no coma. Acordou chamando pelo pai e pela mãe e, durante todos esses anos, vem se recuperando com o trabalho de fisioterapia.
Fonte: O TEMPO e BH Legal

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