Maternidade e Deficiência - Relato de parto normal e cesária
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A sociedade ainda associa a deficiência como
algo vinculado à incapacidade, e quando o assunto é deficiência e maternidade
nós mulheres com deficiência somos vistas como incapazes de sermos mães. Os
pensamentos ainda preconceituosos e discriminatórios e mesmo por desinformação
de muitas pessoas, levam a crer que a
deficiência te limita a não ter fertilidade, sermos assexuadas. São
ideias relacionadas diretamente a nós.
Embora muito tenha se falado sobre as pessoas
com deficiência, suas limitações e potenciais, ainda falta informações para
vivermos em uma sociedade menos preconceituosa.
Porque
não deixar de lado a palavra “coitadinha” que nada pode, e trocar pelas possibilidades infinitas que
temos de nos desenvolver em todos os campos da vida, inclusive esse da
sexualidade, da reprodução, do afeto, das trocas.
As
pessoas com deficiência, desde que conscientes de seus atos, tem vida sexual
ativa, sentem desejos e prazer. As cadeirantes mantém sua fertilidade sem
alterações em relação á deficiência. Uma mulher com lesão medular e pode sim
ser mãe. Tudo isso é muito assustador a muitas pessoas, que preferiam pensar
que nada disso passa por nossas vidas.
Cada
experiência de maternidade é diferente para cada mulher. O mesmo ocorre
conosco. Assim como para qualquer mulher,
quando o assunto é tornar-se mãe, tudo deve ser pensado e repensado.
Cada condição física envolverá suas dificuldades, que devem ser levadas em
conta. Mas não se pode sonegar o o momento único e lindo de uma mulher que é
poder viver plenamente este momento.
Uma
mãe cadeirante deve ser acompanhada por um obstetra de alto risco por se tratar
de uma gravidez perigosa em razão do trato urinário e circulatório.
Assim,
o planejamento deve ser bem pensado pois serão 9 meses entre o desenvolvimento
de um novo ser e de uma gestante que terá alterações em seu corpo, o aumento de
peso como um fator importante na saúde que pode atrapalhar o bom desempenho
desta mulher, a rotina terá que ser mudada durante a gestação para não ser
colocado em risco a a futura mãe e o bebê..
O fato
de estar em uma cadeira de rodas ou ter outro tipo de deficiência não impede de
querer poder viver este momento na vida de todas as mulheres que optam
pela maternidade. O que nos perguntamos é se os profissionais
estão preparados para dar uma assistência especializada, ou esta realidade
ainda esta longe, os equipamentos são adaptados para dar estruturas ao pré
natal ou estas gestantes estarão conduzidas ao despreparo quando o assunto é
maternidade e deficiência.
Um
livro que fala da vida real de mulheres cadeirantes e mães é o “Maria de Rodas-
Delicias e desafios na maternidade de mães cadeirantes”, que conta a história
de várias mulheres que se tornam mães depois da deficiência. Mostrando que sim
podemos ter família, trabalhar, casar e ter filhos e ser feliz.
Foi pensando nas dificuldades encontradas por
mães cadeirantes que eu a Vitória resolvemos contar como foi a nossa gestação e
o parto, vivemos momentos diferentes eu parto normal e ela cesárea, nos dois
casos fruto de escolhas e de necessidades, não imposições. Nos dois casos,
Carol e Vitória agem como donas de seus corpos, exercem sua autonomia ou
desejam exerce-la. Encontram obstáculos e os superam. São histórias de mulheres
reais que oferecemos para sua leitura
Clique aqui para ler sobre
o parto normal da Carol:
Fonte: Via Inclusivas
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