Lais Souza volta a praticar esporte pela primeira vez após acidente

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O acidente que deixou tetraplégica a ex-ginasta Lais Souza completou um ano mês passado. Esta semana, ela foi notícia porque revelou a uma revista ser gay. Antes disso, o Fantástico acompanhou a Lais em um momento emocionante: a primeira vez que ela praticou um esporte desde que sofreu o acidente.

A sensação da adrenalina ela já conhece bem! Mas agora é diferente. “Acho que me dá uma sensação de recomeço. O objetivo mudou, mas a primeira sensação que eu tive foi essa”, analisa Lais Souza.

Fantástico: Voltei!
Lais: Exato!

O Fantástico acompanhou Laís Souza em uma aventura inédita desde que sofreu o acidente que a deixou tetraplégica: pela primeira vez, a ex-ginasta voltou a praticar um esporte, o surfe adaptado! “A primeira onda foi bem emocionante, assim, friozinho na barriga”, conta Laís Souza

Instrutor: Quer com emoção ou sem emoção?

Lais: Com emoção!
Instrutor: Uhul!

Emoção nunca faltou na vida de Laís. Representou o Brasil em duas olimpíadas como ginasta: Atenas, em 2004, e Pequim, em 2008. Em 2013, trocou a ginástica pelo esqui aéreo. Treinava firme para os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia.


“Estava indo bem”, lembra Laís. Mas uma fatalidade mudou tudo. “Na semana antes de ir para Sochi, foi quando eu sofri o acidente”, conta ela.
Em 27 de janeiro do ano passado, Laís treinava em uma pista de neve nos Estados Unidos e bateu forte em uma árvore. Sofreu uma lesão na medula que a fez perder todos os movimentos do pescoço para baixo. “Foi um ano difícil. Eu acho que passou muito rápido, Mas a sensação é que foi agora há pouco”, relata a ex-ginasta.

Fantástico: Como foi voltar para o Brasil?
Laís: Eu recebi o carinho das pessoas...Pessoas dizendo que estavam rezando para mim, que tem certeza que eu vou voltar a andar... Isso, além de motivar, me faz acreditar sim. 

No último ano, a Laís não teve oportunidade de praticar nenhum esporte. E hoje, com adaptações simples, como uma esteira colocada na areia, ela vai conseguir surfar no Guarujá.

“Mexe aqui pra mim, empurra e volta. Dez vezes, tá?”, orienta a fisioterapeuta Denise Lessio.

“A gente tá trabalhando um pouquinho o alongamento dela para aquecer, preparar o corpo dela para a atividade que ela vai fazer agora”, explica ela.

Atividade que só é possível graças ao projeto "Surfe para Todos" criado pelo surfista Taiu Bueno, que também ficou tetraplégico num acidente. Em janeiro, o Fantástico o mostrou surfando na prancha adaptada para cadeirantes.

“Ela poder saber que existe isso aí... E não só para ela, o projeto é para todos. Principalmente, para pessoas que, talvez, estejam numa comunidade e não saem nem de casa. Esse que é o principal motivo, sabe? Poder botar essa alegria no coração das pessoas, que eu sei como é que é, você sabe como é”, define Taiu Bueno.

Aquecimento feito, Lais é colocada numa cadeira anfíbia, que a leva até o mar.

Fisioterapeuta: Pronta para entrar no mar?
Lais: Pronta!


Fantástico: Você já tinha se imaginado surfando desse jeito que você fez?
Lais: Não, depois do meu acidente não tinha imaginado, não. Aliás, até estava com um pouco de receio de entrar na água... Ansiedade de pegar uma onda boa... Quero mais emoção. Mais emoção! Eu gosto de estar nessas aventuras loucas assim. E eu quero me colocar nesses limites, ver o que o meu corpo pode passar hoje. E, talvez, até encontrar um esporte para mim, para seguir. Talvez, esse seja um até. Foi gostoso a sensação de estar no mar de novo. A água vindo no meu rosto e eu sentindo que estava salgada.

Fantástico: Onde você quer chegar?

Lais: Acho que não tem limite. Acho que eu pretendo ir seguindo sem fazer muitos planos para o futuro porque fica complicado hoje... Eu estou vivendo um dia de cada vez... Estou fazendo com que os meus dias sejam felizes, aproveitados ao máximo.


Surfe adaptado faz parte do projeto 'Surfe para Todos'

A atividade é graças ao projeto "Surfe para Todos", criado por Taiu Bueno. O surfista também ficou tetraplégico em um acidente. "Não só para ela, o projeto é para todos. Principalmente, para pessoas que, talvez, estejam numa comunidade e não saem nem de casa. Esse que é o principal motivo, sabe? Poder botar essa alegria no coração das pessoas", define Taiu Bueno.


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