Inventores criam tecnologias para inclusão de pessoas com deficiência em SP
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Evento em São Paulo reúne profissionais que
desenvolvem desde aplicativos que guia cadeira de rodas a suporte que ajuda a
tirar fotos.
Inventores e profissionais de diversas áreas
estão reunidos em São Paulo para
criar produtos que melhoram a vida de pessoas com deficiência.
Com a boca e um suporte, uma pessoa com
tetraplegia consegue tirar fotos. Essa é uma das invenções do TOM,
sigla que em português quer dizer "reparar o mundo". O TOM foi
inspirado em um projeto israelense.
Josh Gottesman é um dos idealizadores do
projeto. É a primeira vez que o evento é recriado fora de Israel, e ele adorou
o que viu no Brasil. Acha que os aparelhos podem ser fabricados e vendidos no
mundo todo.
“O protótipo, nós fazemos. Virar produto,
colocar na prateleira, é com a indústria”, diz Linamara Rizzo Battistella,
Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo.
No evento, tem gente de vários estados
brasileiros. Algumas pessoas tinham ideias para desenvolver projetos de
acessibilidade. Outras tinham conhecimento em áreas fundamentais para esse
trabalho, como engenharia, eletrônica, tecnologia da informação. Então, esse
pessoal se uniu, passou a pensar junto e agora está colocando em prática essas
ideias.
Uma turma de Uberlândia e de São Paulo criou
uma calha: um equipamento usado por atletas de bocha paraolímpica. Daniele
Martins tem tetraplegia e é tricampeã brasileira do esporte. “É o extremo da
inclusão. É você procurar recursos tecnológicos que possam inserir os
deficientes no esporte. Isso é muito bom para a gente”, disse Daniele Martins.
De um grupo saiu o aplicativo para
"guiar" a cadeira de rodas. Ele substitui o joystick que existe hoje.
“A solução que a gente desenvolveu permite que pessoas sem extensão no braço
consigam usar o celular para controlar a cadeira”, explica o engenheiro
eletricista Alexandre Martinazzo.
O matemático Marco Pellegrini tem tetraplegia
e ajudou a desenvolver um equipamento controlado com a boca que faz com que ele
consiga interagir com o que está sua volta. “Isso traz uma situação não só de
entretenimento, mas de autonomia. Isso traz privacidade. A gente consegue ter o
conforto de poder interagir com aquilo que quer sem precisar do auxílio de
outra pessoa. Isso dá acesso ao mundo”, afirma Marco Pellegrini.
Fonte: G1
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