Menino do DF com paralisia cerebral narra escalação dos 32 times da Copa

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Alex Xavier tem 10 anos e é fanático pelo esporte: '100% do meu coração'.
Ele topou desafio do G1 e citou jogadores que duelam no fim de semana.


Brasiliense Alex Xavier, de 10 anos, que tem paralisia cerebral e é apaixonado por futebol (Foto: Raquel Morais/G1)
Apesar do desgosto de não ter a seleção brasileira na briga pela taça, o brasiliense Alex Xavier, de 10 anos, encontrou na disputa do terceiro lugar da Copa do Mundo uma oportunidade de realizar um sonho. Ele vai poder testemunhar o desempenho dos ídolos David Luiz e Oscar no jogo contra a Holanda. O garoto, que tem paralisia cerebral, é fanático pelo esporte e aponta sem dificuldades a escalação de todos os 32 times que participaram da competição. “Eu amo futebol. Futebol é 100% do meu coração”, disse o pequeno. “Eu vejo as partidas da série A e da série B e também os campeonatos europeus. Depois, quando reprisa, assisto de novo. E choro de novo, grito de novo, sofro de novo. Estou adorando ter Copa na cidade em que eu moro.”

Por causa da deficiência, o menino anda com dificuldade e não consegue assimilar conhecimentos relacionados a matemática. Os pontos fortes são o apreço pela leitura – costuma devorar histórias longas em um dia – e a memória.

Esta última qualidade motivou um desafio feito pelo G1, que Alex venceu com facilidade, apesar da timidez: ele apontou jogadores das quatro seleções que entram em campo neste final de semana.

"Isso foi muito fácil. Pode pedir da Costa Rica, da Grécia ou de qualquer um dos outros", declarou o menino. "Aliás, se você quiser, pode pedir de todas as seleções. Eu achei um pouco difícil isso de falar olhando para a câmera, mas eu sei todos os nomes, acompanho os jogos, conheço todos."

Mãe do menino, a microempresária Juliana Xavier não esconde o orgulho diante do desempenho do primogênito. Ela conta que a criança ficou bastante empolgada por causa do Mundial e que, por isso, decidiu também levá-lo ao jogo entre Portugal e Gana, ainda na primeira fase do torneio.

“O Alex é incrível, incrível. E falante. Em dia de jogo, parece o Galvão [Bueno], preciso até mandar calar a boca. Ele sabe o nome de todo mundo, consegue te dizer todos os nomes do pessoal de Gana”, brinca. “Ele narra momento a momento e se empolga muito. Foi por causa da paixão dele que acabei me envolvendo desde o início, comprando ingresso com antecedência, vestindo a camisa da seleção.”

A influência do filho também acabou estimulando inovações na produção de doces de Juliana, que tiveram uma demanda 80% maior com a chegada da Copa do Mundo após ganharem versão em verde, amarelo e azul. Os preferidos são os bolos e cupcakes, além dos pirulitos que trazem reprodução de ícones da seleção.

E é com essa paixão pelo esporte que mãe e filho pretendem estar na arquibancada neste sábado. Ainda triste pelo resultado no jogo contra a Alemanha, quando o Brasil perdeu de 7 a 1, o menino acredita na possibilidade de um placar bastante diferente no Mané Garrincha.

“Eles têm o [Robin] van Persie, o [Wesley] Sneidjer e o [Arjen] Robben, que são realmente muito bons. Mas eu acredito em 2 a 0 para o Brasil. Quero ver gol do David Luiz, que é zagueiro – a posição que eu mais gosto – e do Oscar”, declarou.

O jogo

Brasil e Holanda entram em campo às 17h deste sábado (12) no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, para disputar o terceiro lugar na Copa do Mundo. A seleção tenta superar o mal estar deixado pela derrota para a Alemanha, que interrompeu o sonho do hexacampeonato.

Apesar do vexame do 7 a 1, a torcida marcou presença em frente ao hotel na chegada da seleção brasileira à capital federal. Segundo a Polícia Militar, cerca 700 pessoas se aglomeravam no local para recepcionar os jogadores.

A torcida levou faixas e cartazes em apoio à seleção e fez festa ao ver o ônibus dos atletas e da comissão técnica. O jogador mais lembrado foi o zagueiro David Luiz, considerado pelos presentes como destaque do Brasil na Copa.

Fonte: G1 DF

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