Um museu feito para nós, por nós
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Entre os dias 11 de março e 6 de maio,
o Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas, recebe pessoas com deficiência
visual e auditiva para a participação em oficinas, que fazem parte do projeto
"Um museu feito para nós, por nós". Laboratório de fotografia, música
e dança são algumas das atividades presentes nos encontros. Além disso, os
participantes farão visitas a locais escolhidos pela organização do projeto e
terão contato com a história e o acervo do Palácio dos Azulejos.
Foram
disponibilizadas 20 vagas e as oficinas acontecem às terças e quintas-feiras,
das 14h às 16h. Os participantes são orientados por uma equipe formada pela
artista plástica Cláudia Tosi, pela intérprete de Libras, Letícia Navero, pelo
ator Joaquim Andrade e pelas especialistas culturais do MIS, Flávia Lodi e
Juliana Siqueira.
Para Flávia, as oficinas são de
extrema importância para o público com deficiência visual. "O projeto é
uma forma de tornar o museu um espaço totalmente acessível e utilizado para
conhecimento e momentos de lazer. As oficinas são incentivo para essas pessoas
adquirirem o hábito de frequentar o MIS e participar de atividades durante todo
o ano", afirma.
Irinéia Fortunato Euzébio é cega e
participou do segundo dia da oficina. "Poder ter contato e adquirir
conhecimento por meio de cada objeto e atividade proposta é muito importante.
Entender como funciona o processo de fotografia, por exemplo, é um assunto que
nunca imaginei aprender e tive essa oportunidade", conta.
"Um museu feito para nós, por
nós"
O projeto é uma parceria do MIS com o
Centro Cultural Louis Braille de Campinas, realizado com recursos do Programa
Ação Cultural (ProAc), do governo de São Paulo, com apoio das Secretarias
Municipais de Cultura e dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade
Reduzida.
São R$ 100 mil repassados pelo
programa, no qual serão investidos até junho deste ano, para formação da equipe
do museu para a cultura da inclusão, que já está em andamento, adaptação da
exposição de longa duração com sinalização em Braille, pisos táteis, maquetes
táteis e disponibilização de vídeo-guias em Libras e audioguias; além da ação
educativa.
A Secretaria de Cultura e também a dos
Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de Campinas apoiam
este projeto. A audiodescritora Bell Machado e a intérprete da lingua de sinais
Josie Oliveira da SMPD, deram um curso de três dias de capacitação para os funcionários
do Museu, no que se refere a Noções básicas de inclusão e acessibilidade.
Fonte: Prefeitura de Campinas e Blog Audiodescrição
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