Georgette Vidor. Conquistas no esporte, política e acessibilidade.
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Georgette Vidor de cadeira de rodas, em frente ao Clube de Regatas do Flamengo, onde atuou por 20 anos como técnica |
Georgette
Vidor Mello nasceu em 10 de maio de 1958, no Rio de Janeiro, Brasil. Com
licenciatura plena em Educação Física pela UFRJ, é atualmente coordenadora
técnica do Projeto “Esporte Para Todos”, promovido pela Ong Qualivida e
supervisora geral das arenas de Ginástica Artística da Holding BodyTech, nas
seguintes unidades: na Barra da Tijuca o Città, inaugurada em 2005 e O2 em
2011, Norte Shopping, no subúrbio do Rio de Janeiro, inaugurada em abril de
2007 e Brasília inaugurada em 2008.
Desde
os quinze anos de idade, trabalha como professora de ginástica artística (antiga
ginástica olímpica) e possui um currículo com uma coleção invejável de títulos,
conquistados em todos os clubes em que atuou em mais de 40 anos a frente da
ginástica artística, 20 anos como técnica do Clube de Regatas do Flamengo, 15
anos de seleção brasileira e 4 anos como
coordenadora das seleções nacionais femininas. Conquistou mais de 50 títulos,
desde estaduais, nacionais e
internacionais tais como: Copas do Mundo, Campeonatos Mundiais, Jogos
Sulamericanos, Panamericanos e Olímpicos, Torneios Amistosos, Campeonatos Sulamericanos, pan-americanos e o já extinto
jogos ibero-americanos.
A
história de Georgette Vidor se confunde com a da Ginástica Artística Feminina
do Brasil, que teve um grande desenvolvimento através dos grandes resultados
internacionais. Trouxe para o Brasil as primeiras medalhas panamericanas de
ouro ( Havana – 1991) e a primeira medalha mundial ( prata – Gent 2001).
Sendo
uma das técnicas mais respeitada do
país, Georgette Vidor trabalhou no Fluminense F.C. (RJ), na Yashi (SP), na
Seleção Brasileira de Ginástica Artística e no Clube de Regatas do Flamengo
(RJ), onde acumulava os cargos de Supervisora Geral de Ginástica Artística e
Técnica Chefe da Equipe Principal Feminina. As grandes conquistas do Flamengo
ocorreram sob sua direção, mesmo após o trágico acidente em 1997, que a deixou
paraplégica. Deixou um legado no CR do Flamengo que mantem o clube até os dias
de hoje, como um dos maiores responsáveis pelo desenvolvimento de grandes
campeões e campeãs do Brasil.
Aluna
de ballet clássico na academia Tatiana Leskova durante 8 anos, Georgette Vidor
também fez jazz em inúmeras academias, sendo as de Marly Tavares e Lenny Dale
as principais. O início da sua carreira como treinadora se deu aos 15 anos de
idade, no Fluminense Football Club, depois que seu professor, percebendo seu
dom para dar aulas e sua falta de futuro como ginasta, lhe ofereceu a primeira
turma da escolinha de ginástica artística.
Já
no primeiro ano de atividade, aplicando a disciplina e a exigente técnica do
ballet, Georgette mostrou a diferença do seu trabalho, deixando claro que não
pretendia ser apenas mais uma treinadora. Ela sonhava mais alto e fez sua
primeira campeã estadual, Cristina Gonçalves, apenas quatro anos depois.
Aos
19 anos de idade, Georgette Vidor foi para a Europa e estudou francês, dança e
ginástica na França. Interessado no seu trabalho, o Flamengo a contratou, dando
início a uma série incontável de vitórias na ginástica artística.
Tendo
feito curso de arbitragem, Georgette conciliou as carreiras de técnica e de
árbitra até 1997, quando, no dia 27 de maio, ocorreu o acidente com o ônibus em
que viajava com sua equipe. O acidente a deixou paraplégica e afastou Úrsula
Flores e Beatrice Martins (ambas suas ginastas e da seleção nacional) da ginástica
artística.
Georgette
Vidor hoje prepara cerca de 50 profissionais, entre professores e estagiários
de educação física. Sobre sua orientação estão hoje cerca de 3.000 alunos de
todas as faixas etárias de 8 meses à idade adulta, supervisionados na ONG
Qualivida e na Holding BodyTech e nas seleções brasileiras femininas de
Ginástica Artística. Já passaram pelas mãos da técnica Georgette Vidor 52
ginastas, que formadas por ela chegaram a seleção brasileira, com destaque para
as olímpicas Luísa Parente, Soraya Carvalho e Daniele Hypólito.
Em
2008, Georgette Vidor deu o primeiro passo de retorno às competições estaduais
e nacionais, após sua retirada em 2004. Com a Ong Qualivida e a Body Tech,
retornou aos lugares mais altos do podium. Desde Fevereiro de 2009 coordena a
Seleção Brasileira Feminina de Ginástica Artística com a meta de de conquistar para o Brasil nos jogos de
2016, a tão sonhada medalha olímpica.
Curriculum
Político
Em
2002, Georgette Vidor se elegeu Deputada Estadual com 50.350 votos. Seis meses
depois, por não se compatibilizar com as ideias do partido que estava, mudou
para o PPS, partido do qual milita até hoje.
Sem
ter inserção do partido durante os 4 anos de mandato e 8 segundos apenas de
televisão na época de campanha, não conseguiu sua reeleição. Fez 23.450 votos,
com uma campanha muito simples, uma nominativa sem poder de voto, ficou
impossível sua reeleição.
Como
Deputada, Vidor criou a primeira Comissão Permanente em Defesa das Pessoas com
Deficiência em Assembleias Legislativas Estaduais do Brasil. Criou o selo de
Acessibilidade (ouro, prata, bronze), realizou seminários anuais nas áreas da
Deficiência, Reabilitação e Educação Física. Criou um programa na TV Alerj
sobre a vida das pessoas com deficiência.
Georgette
Vidor honrou seu mandato, tendo deixado saudade na Alerj, pelo seu
profissionalismo e compromisso com a população do Estado do RJ. Durante 9 anos
no PPS, fax parte da Executiva do Partido e auxilia na preparação dos
candidatos à Prefeitura, Vereadores, Deputados Estaduais e Federais. Atualmente
comanda a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, no Município do Rio
de Janeiro.
À
frente da Secretaria (SMPD) desde maio de 2011, a convite do prefeito Eduardo
Paes, Georgette implantou uma gestão moderna pouco vista em órgãos públicos
pelo Brasil. Com a rigidez e comprometimento fundamentais no esporte, trouxe os
mesmos valores para a Secretaria, onde contribui para que pensamento coletivo
de que “o que é de graça, é de má qualidade” tenha mudado no órgão.
Resumidamente, três pilares são a sustentação de sua gestão: organização,
comprometimento e qualificação profissional. Juntos, acredita Georgette, esses
pilares melhoram a qualidade de vida das pessoas com deficiência.
Fonte: Georgette Vidor e Blog Turismo Adaptado
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