Empresas tentam 'fugir' de multa por falta de contratação de deficientes
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Deficientes
que procuram vagas no mercado de trabalho percebem que nem sempre a
qualificação é o suficiente. A constatação do Ministério do Trabalho é de que
muitas empresas não querem investir em melhorias na acessibilidade e deixam de
contratar. Para escapar das multas e da fiscalização, os empresários estão
recorrendo à Justiça.
Empresas
privadas com mais de 100 funcionários devem preencher entre 2% e 5% das vagas
com trabalhadores deficientes. Na região de Bauru são 27 vagas que podem ser
ocupadas pelos candidatos, mas nenhuma é exclusiva para pessoas com
deficiência. No Posto de Atendimento ao Trabalhador são 664 vagas disponíveis e
nenhuma para deficientes. Ao todo, 200 empresas foram fiscalizadas na região de
Bauru pelo Ministério do Trabalho no último mês: 35 foram autuadas.
Os anúncios
enchem a cidade e estão até nas paredes das igrejas. São empresas que precisam
de trabalhadores deficientes para cumprir a cota exigida por lei. "Embora
estejamos divulgando essas vagas, temos dificuldades em receber estas pessoas
com deficiência. Ainda assim tem dificuldade", avisou a psicóloga de uma
empresa, Talita Magalhães Ferreira.
Dificuldade
enfrentada também pelos candidatos que procuram a vaga. Segundo o Ministério do
Trabalho de Bauru, várias empresas oferecem a oportunidade, mas não querem
investir em adequações de acessibilidade. O problema é que a maioria se apoia
na Justiça, por meio de liminares, para deixar de cumprir a regra sem pagar
multa.
"As
liminares que existem ainda não foram julgadas. Elas paralisam,
momentaneamente, até o julgamento do mérito, a ação da fiscalização, mas a
Advocacia Geral da União nos defende nestas questões e lá nesta
"seara" aí vai ser decidido sobre a continuidade ou não, sobre a
razão ou não da empresa", informou o gerente regional do órgão, José
Eduardo Rubo.
O problema
não é a falta de aprendizado ou de locais que ofereçam uma formação
profissional. No Centrinho, a qualificação dos surdos começa desde o ensino de
libras. É que muitos deficientes que chegam até o local mal sabem a própria
língua. O trabalho já deu resultados positivos: só neste ano, 24 alunos foram
contratados por empresas da região.
Depois das
aulas de libras, a psicóloga prepara o profissional. O curso é de graça e
oferecido há mais de 20 anos. "Nós trabalhamos todo o conteúdo que é
importante sobre o mundo e comportamento no trabalho. Vamos com eles até os
locais onde se tiram os documentos para que eles saibam o porque da
importância, porque são cidadãos e, neste curso, passamos tudo voltado para o
trabalho", explicou a psicóloga do Centrinho, Oleana Rodrigues de Andrade.
Cenário que
pode mudar também por meio de iniciativas simples. Diomara Dias tem deficiência
na fala e já passou todas as dificuldades para conseguir um emprego. Atualmente
ela é auxiliar de biblioteca, mas não sossegou. Criou um site para ajudar
funcionários com deficiência, que reúne as vagas e o perfil procurado pelas
empresas. Por meio das redes sociais, ela entra em contato com o candidato e o
encaminha para o futuro emprego. "Tem função para área administrativa,
operacional, para quem tem o desafio de estar buscando uma segunda opção, de
uma carreira diferente, para ensino médio, para nível superior. Temos para
todos os tipos", enfatizou.
Curso de libras é aplicado pelo Centrinho (Foto:
Reprodução/TV TEM)
Fonte: g1.globo.com e APNEN Nova Odessa
OLHE EU ACHO TUDO MUITO BOM QUE FAZEM PRA AOS DEFICINTES EM GERAL ... APRNAS QUERO COLOCAR AQUI O MEU PENSAMENTO , OBS : EU MARLON SOU DEFICIENTE , A MAIORIA DOS DEFICIENTES NO BRASIL SAO ELES NEGRO E MUITO POBRES OUTRA COISA BAIXICIMA ESCOLARIEDADE , MAIS NAO POR QUE ELES NAO GOSTASEM DE ESTUDAR MAIS AS DIFICUDADES SAO MUITAS .
ResponderExcluirCom certeza. A pessoa com deficiência enfrenta as dificuldades imposta pela deficiência e um mundo nada acessível a ela. Todos os dias passamos por dificuldades e preconceitos. Mas não podemos desistir dos nossos sonhos e objetivos por isto.
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