Problemas de acessibilidade em corrida
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*Por Edicléa Xavier
Imagem Ilustrativa |
Já participei de várias corridas e em nenhuma
delas encontrei tanto desrespeito com o cadeirante. Como em toda corrida o
“mais correto” é o portador de necessidades especiais (física ou visual) ter a
largada antes dos demais atletas, não que isso signifique alguma vantagem, mas
simplesmente para evitar “atropelamentos ou pequeno acidentes”, pois quando se
da a largada o número de pessoas é grande e eles vem correndo e a cadeira
querendo ou não, faz com que eles tenham que ter um cuidado dobrado, por isso
nas corridas é normal que o para – atleta largue com no mínimo 5 minutos de
antecedência.
Pois nessa corrida não queriam permitir isso, e meu técnico teve que pedir muito e explicar todos os motivos e praticamente minutos antes da largada resolveram nos dar alguns metros de distanciamento dos demais atletas.
Pois nessa corrida não queriam permitir isso, e meu técnico teve que pedir muito e explicar todos os motivos e praticamente minutos antes da largada resolveram nos dar alguns metros de distanciamento dos demais atletas.
Isso foi pouco perto do que eu encontrei pela
frente. Costumo correr sozinha, mas dessa vez, por ser minha 1ª corrida
noturna, meu técnico correu ao meu lado (como Guia), e ainda bem que isso
aconteceu, pois eis que no meio do percurso há um trecho totalmente NÃO
ADAPTADO, tive que subir em uma guia (com ajuda do técnico e de mais um atleta
que estava próximo) e andar um pedaço com grama (o que é mais difícil com a
cadeira de corridas, pois ela tem uma roda menor que afunda facilmente).
Terminei a corrida, dessa vez, mesmo com todos esses empecilhos, em 51 minutos, menor tempo que fiz até hoje. E para conseguir pegar a medalha mais um enorme sufoco, quase fui pisoteada, pois não havia entrada para cadeirantes e tive que entrar junto com a multidão, que não me viram, pois na cadeira, sentada fico muito baixa, enfim meu técnico e mais algumas pessoas que estavam ao nosso lado me seguraram e eu abaixei a cabeça para me proteger, pois as pessoas estavam quase subindo em cima de mim…
Terminei a corrida, dessa vez, mesmo com todos esses empecilhos, em 51 minutos, menor tempo que fiz até hoje. E para conseguir pegar a medalha mais um enorme sufoco, quase fui pisoteada, pois não havia entrada para cadeirantes e tive que entrar junto com a multidão, que não me viram, pois na cadeira, sentada fico muito baixa, enfim meu técnico e mais algumas pessoas que estavam ao nosso lado me seguraram e eu abaixei a cabeça para me proteger, pois as pessoas estavam quase subindo em cima de mim…
Pode parecer certo exagero, mas não é…
Realmente essa corrida foi desorganizada ao se tratar de acessibilidade e
inclusão do portador de necessidades especiais, que no caso, na minha equipe,
sou eu cadeirante e mais 3 deficientes visuais.
Deixo aqui minha insatisfação e espero que na
próxima (2014) a organização pense em todos e não na maioria dos inscritos.
Na próxima coluna contarei um pouquinho mais
sobre corridas, como é, as dificuldades e o que nos difere dos demais
atletas!!!
Me desculpem pelo desabafo!!!
Abraços, Kéia!
Fonte: Guia Inclusivo
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