Empresário tetraplégico cria inovações para a biomedicina

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Por Carolina Gabardo Belo

A busca por inovação é uma constante na vida do empresário Leonardo Silva, 39. Ele, que fez da procura por novas soluções um caminho pessoal e uma oportunidade de negócios, teve seu reconhecimento no ano passado com o título de Empreendedor Inovador do Paraná, entregue pelo Centro Internacional de Inovação (C2i) da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

A proposta escolhida por unanimidade pelos avaliadores do C2i foi o sistema recém-lançado MovSmart, que trabalha com a automação de equipamentos de ginástica e, de acordo com Silva, é uma inovação mundial para o mercado de academias. Acoplado aos aparelhos, o sistema verifica toda a realização da atividade física, desde o tempo de intervalo e a contagem da série até a fadiga no atleta. Os dados são enviados para a internet e podem ser controlados remotamente.

Esta, no entanto, não é a única criação do empresário, que desenvolveu seus sistemas na incubadora do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). Desde 2009 também está no mercado o BioFeed, destinado exclusivamente para tratamentos de reabilitação, que acompanha toda a evolução do paciente em seus movimentos, bem como o exercício correto a ser realizado, e já demonstrou sua eficácia em pacientes com Parkinson.

“Percebi que a saúde tinha pouca tecnologia disponível para o trabalho. Existiam pesquisas, mas elas não iam para o mercado. Por isso criei a empresa BioSmart para desenvolver novas tecnologias e transformá-las em produtos”, conta. A prática na biomedicina veio depois de um acidente aos 24 anos, em que Silva fraturou a coluna e ficou tetraplégico. Até então, o jovem era um profissional com extenso currículo na área de informática. “Aprendi com a prática e utilizei minha experiência para criar sistemas. Sempre fui muito curioso”, conta ele, que vê seu trabalho valer a pena na recuperação dos pacientes.

“Tenho trabalho até 2020”

Leonardo Silva aposta todas suas fichas no potencial de seus produtos. O BioFeed, por exemplo, tem investimento de R$ 7 mil para cada aparelho e pode ser utilizado por diversas especialidades. A viabilidade do MovSmart é fortalecida pela possibilidade de inserir publicidade nas máquinas utilizadas nas academias de ginástica.

O empresário tem engatilhado pelo menos outros seis sistemas a serem desenvolvidos. “Tenho trabalho até 2020. Mas são coisas simples: pego a necessidade e encontro soluções”, diz. Entre as próximas apostas estão sistemas para melhorar o treino tático de tenistas e também o que promete ser um boom no mercado: a criação de eletroestimuladores para que pacientes paraplégicos consigam andar.

Fonte: Paraná Online e Blog Ser Lesado

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