Uma história de superação
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São realmente incríveis as coisas que conseguimos fazer
quando queremos. Não somos nada impossibilitados, somos capazes de superar as
nossas deficiências e torna-las em algo normal, que "não" nos limita,
e Claudio Luciano Duzik mostra que essa ideia de superar a si mesmo tem que vir
para ficar.
Claudio nasceu com uma doença degenerativa chamada atrofia
muscular espinhal, uma doença que afeta os músculos, deformando o corpo e
limitando seus movimentos. Os médicos lhe deram apenas 14 anos de vida, mas
mesmo assim, sua mãe lutou – e muito – para conseguir matriculá-lo em uma
escola quando ele tinha apenas cinco anos de idade. Por causa da doença,
Claudio não conseguia descer as escadas e acabava ficando sozinho na sala de aula.
Foi somente na terceira série, graças a um professor que fez
um projeto chamado “ajudante do dia”, que Cláudio pôde interagir com outras
crianças e brincar. Por causa de sua condição, as crianças adaptaram as
brincadeiras: na amarelinha, Claudio atirava as pedras, no pega-pega, ele era
empurrado, e até caía às vezes, e nessas vezes ele não sabia se chorava de dor
ou de felicidade.
Com o passar dos anos, Claudio concluiu o ensino médio, e
perdeu parcialmente o movimento das mãos enquanto cursava Psicologia na
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mas mesmo assim ele se superou
novamente. Enquanto no intervalo, ele ia à biblioteca para estudar informática
para poder desenvolver o Mousekey, um teclado que escreve através do mouse e
permite a comunicação via computador.
Hoje, Claudio tem 36 anos, já terminou a faculdade, fez
mestrado e é funcionário da Secretaria de Educação. Sem contar que é professor
da UFRGS, onde auxilia alunos no curso de educação à distância, sem falar que,
em breve, irá dar uma palestra de acessibilidade no México, e não é preciso nem
dizer o quanto sua mãe ficou orgulhosa com as realizações de seu filho.
Essa é uma das poucas histórias que podem nos servir de
inspiração em um dia difícil, sabendo que existem pessoas com muito mais
dificuldades que nós e que eles são capazes de fazer também muito mais. Podemos
não saber o que fazer em algumas situações, mas sabemos que sempre há algo que
pode ser feito. Pessoas como Claudio não vivem somente para si, mas também para
nos evidenciar do que somos capazes.
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