MS lança cartilha para diagnóstico precoce do Autismo
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Documento
trará indicadores que orientarão profissionais de saúde do SUS a identificar
sinais do transtorno em crianças e iniciar mais cedo o acompanhamento
O
Ministério da Saúde lança nesta terça-feira (02), Dia Mundial de
Conscientização do Autismo, a Diretriz de Atenção à Reabilitação da Pessoa com
Transtornos do Espectro do Autismo (TEA). A diretriz trará pela primeira vez
uma tabela com indicadores do desenvolvimento infantil e sinais de alerta para
que médicos do Sistema Único de Saúde possam fazer uma identificação precoce do
autismo em crianças de até três anos.
“O
tratamento precoce do TEA é muito importante no desenvolvimento da criança que
possui autismo. Com isso é mais fácil encaminhá-la para os primeiros
atendimentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde”, destaca o ministro da
Saúde, Alexandre Padilha.
Além da
tabela, o Ministério irá disponibilizar para os profissionais de saúde
instrumentos de uso livre (sem obrigatoriedade do pagamento de direitos
autorais) para o rastreamento/triagem de indicadores de desenvolvimento que
possam diagnosticar o TEA.
Tratamento
- Após o diagnóstico do paciente e a comunicação à família, inicia-se a
fase do tratamento e da habilitação/reabilitação nos pontos de atenção da Rede
de Cuidados à Saúde da Pessoa com Deficiência. O autismo implica em alterações de
linguagem e de sociabilidade que afetam diretamente – com maior ou menor
intensidade – grande parte dos casos. O paciente também pode sofrer limitação
de suas capacidades funcionais e nas interações sociais, o que demanda cuidados
específicos e singulares de acompanhamento médico, habilitação e reabilitação
ao longo das diferentes fases da vida.
“A forma
de tratamento, respeitando a singularidade e a especificidade de cada paciente,
é fundamental para êxito do cuidado à pessoa que sofre de autismo. Essas
diretrizes estão trazendo essa possibilidade”, diz o Secretário de Atenção à
Saúde, Helvécio Magalhães.
É
exatamente o grau de intensidade do transtorno que irá definir o tratamento dos
pacientes. Aqueles com menor intensidade deverão ser tratados nos Centros
Especializados de Reabilitação (CER) do SUS. Hoje existem no País 22 CER em
construção, 23 em habilitação e 11 convênios de qualificação para que entidades
que já funcionam, passem a funcionar como CER.
Já os
pacientes com uma intensidade maior do transtorno serão encaminhados para
centros específicos que serão habilitados pelo Ministério da Saúde em todo
País.
Os
investimentos fazem parte do plano Viver Sem Limites, que apenas ano passado
investiu R$ 891 milhões na saúde da pessoa com deficiência. Até 2014 a previsão
é que o programa tenha investido R$ 1,4 bilhão em três anos.
A
diretriz é resultado do esforço conjunto da sociedade civil e do governo
brasileiro. Coordenado pelo Ministério da Saúde, um grupo de pesquisadores e
especialistas e várias entidades, elaborou o material, oferecendo orientações
relativas ao cuidado à saúde das Pessoas com Transtornos do Espectro do
Autismo, no campo da habilitação/reabilitação na Rede de Cuidados à Pessoa com
Deficiência. A diretriz será distribuída em todo Sistema Único de Saúde.
Fonte: Portal da Saúde
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