Assistente Sexual

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Lendo alguns artigos na internet comecei a ver um vídeo sobre assistente sexual. No começo achei que fossem casados, mas no decorrer do vídeo comecei a achar que era uma profissional do sexo (garota de programa), mas era uma assistente sexual, algo muito comum nos Estados Unidos, Holanda, Suíça, Alemanha e Dinamarca. Aqui no Brasil não ouvi falar ainda, mas se eu descobrir algo coloco aqui, com certeza!

Eles são enfermeiros, massagistas, terapeutas ou artistas. Têm entre 35 e 55 anos e foram formados para responder às necessidades sexuais de pessoas sofrendo de uma deficiência física. Uma tarefa delicada, sobretudo pelo fato de a sexualidade de pessoas com deficiência ser geralmente rejeitada pela sociedade e alvo de fortes preconceitos.

Da massagem erótica às carícias, até o strip-tease ou masturbação: o leque proposto é extenso e responde simplesmente às necessidades de uma intimidade geralmente reprimida e mesmo estigmatizada. "Cada assistente oferece com empatia e respeito um pouco de ternura contra uma remuneração que vai de 150 a 200 francos por hora", relata Catherine Agthe Diserens. 

"Por vezes, o trabalho é simplesmente descobrir o prazer de reencontrar uma funcionalidade perdida após um acidente, enquanto que, em outras circunstâncias, a relação pode ir até uma relação oral ou a penetração."

Um trabalho difícil

Ao contrário da prostituição, o acompanhamento sexual de deficientes só pode ser iniciado após um trabalho pontual de educação, orientado pelo respeito ao outro, pela ética e a escuta. "Os assistentes sexuais devem ser pessoas equilibradas, conscientes da sua própria sexualidade e não sentir desconforto com a deficiência. Além disso, eles devem manter outro trabalho a tempo parcial. Também é preciso informar os próximos da sua escolha profissional", detalha Dieserens.

"É uma experiência transtornadora. Colocamos tudo em questão: nossas idéias, nossa relação com o corpo e outros", revelava Jacques, um assistente sexual que acaba de receber seu diploma, durante uma entrevista à rádio.

Casado, pais de três crianças, Jacques relata que sua esposa apoiou sua decisão com naturalidade, sobretudo devido aos limites fixados por ele próprio desde o início: "Me dedico ao corpo, à pele, aos órgãos dessas pessoas. Não posso lhes negar massagens, carícias íntimas, mas não chego à penetração. O beijo – e o resto – está reservado a uma só pessoa bem determinada na minha vida."

A formação dura 18 dias, distribuídos por um ano, e acrescida de uma dezena de horas de trabalho em casa. Os custos chegam a 4.200 francos, o que mostra a motivação dos que escolhem o caminho.

Apesar do reconhecimento de muitos, a formação continua sendo difícil de explicar à família e até mesmo a si próprio. O fato de que, de um ponto de vista legal, o trabalho de assistente sexual seja assimilado à prostituição e esteja impregnado de uma conotação negativa não facilitam.

Mas para Aiha Zemp, esses profissionais estão apenas levantando o véu de um universo oculto, feito de desejos rejeitados e perturbações afetivas. Um mundo que deve ser abordado com um olhar diferente, ao se tratar de deficientes físicos. Uma diferença que tem um grande valor para aqueles que, como Jacques, conseguem transpor a deficiência e os temores que muitas vezes ela inspira para começar a escutar a necessidade íntima de ternura.
Fonte: http://www.swissinfo.ch/por/reportagens/Direito_a_sexualidade,_apesar_da_deficiencia.html?cid=888436

Muitos deficientes e familiares dos mesmo, ficam furiosos quando se deparam com um post desses, achando ridículo!Mas tem muitos deficientes que não conseguem ter um relacionamento por causa de suas famílias  que ficam protegendo de tudo e de todos e esquecem que existe uma pessoa ali, capaz de sentir e de amar! E o que lhes restam, procurar alguém, nem que seja pagando!

Vejam um vídeo de uma assistente sexual, a forma que ela dá atenção para ele é muito bacana.



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5 comentários:

  1. Esse post me fez lembrar de uma matéria de um programa americano sobre sexo que fez uma matéria sobre garotas de programa que só atendiam deficientes. Algumas eram até contratadas por casas de saúde que cuidam de lesionados graves. Já me passou pela cabeça pagar mas falta grana hahaha

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  2. Tem um filme muito bom sobre esse tema, baseado em fatos reais. "Sessões" com Helen Hunt.
    Eu penso que seja muito interessante,e mesmo tendo já relacionamentos depois de minha paraplegia, eu gostaria de ter essa experiência.
    n
    Nilson Araújo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu já viu este filme e ele é muito bom, vale a pena ver. Uma pena que no Brasil não existe esta profissão.

      Excluir
  3. Não tenho nenhum caso de def na familia , eu tbem não. Queria muito colaborar com esse assunto tão importante . Trata se de algo ,humano de respeito e seriedade . Não consigo entrar en contato com fernandazago. O Brasil não é um paiz de gente cega que não quer enxergar que a def não nem a ver com testoterona e estrógeno na grande maioria dos casos . Sexo é uma necessitade para todos os normais e ter uma NE especial não torna a pessoa um ET, Abaixo a discriminação! Que homens e mulheres tenham direitos de contratarem esses profissionais . Se eu aos 70 anos tenho esse direito e uso do direito que tenho ; o que eu sou mais do que eles PNE ? Não sou absolutamen
    te nada superior aos

    portadores de n esp !!!

    ResponderExcluir

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