Teste da orelhinha detecta perdas precoces de audição
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André Luís explica que o diagnóstico precoce de
perda auditiva, facilita na reabilitação e na aquisição da fala
Todo bebê pode
apresentar possíveis problemas auditivos ao nascer ou adquiri-los nos primeiros
anos de vida. O teste da orelhinha, realizado ainda no hospital, tem por
objetivo prevenir a deficiência auditiva ou até mesmo de remediar, no caso das
crianças que apresentam surdez congênita.
O método mais
utilizado para a triagem auditiva neonatal é o exame de Emissões Otoacústicas
Evocadas (EOAs). Considerado bastante objetivo, este exame é indolor e de
execução rápida, realizada durante o sono natural do bebê. Utiliza-se um fone
na parte externa da orelha. Demora de 5 a 10 minutos e não tem qualquer
contraindicação, não acorda nem incomoda.
O exame de EOAs
baseia-se na produção de certo estímulo sonoro e na percepção do retorno (eco),
o registro é feito através do computador, verificando se a parte interna da
orelha está normal, ou seja, em funcionamento, emitindo um gráfico com o
diagnóstico.
No caso de suspeita de
alguma anormalidade, após a realização da triagem auditiva neonatal, o bebê é
encaminhado para uma avaliação otológica e audiológica completa.
De acordo com o
fonoaudiólogo André Luís da Silva, existe projeto de lei para que o exame se
torne obrigatório, tal como o do pezinho. Em Uberaba, as maternidades realizam
a triagem neonatal.
André explica que o
diagnóstico precoce de perda auditiva facilita na reabilitação e na aquisição
da fala. "Ao perceber que o filho está com dificuldades em ouvir, aos
dois, três anos de idade, já teve um atraso de linguagem, o que pode trazer um
déficit no desenvolvimento escolar da criança. O teste tem por objetivo iniciar
antecipadamente o tratamento", pontua.
Segundo o
fonoaudiólogo, para aprender a falar, é necessário ouvir. Existem pessoas com
deficiências auditivas, mas elas emitem sons de alguma maneira. Então, o jargão
"surdo mudo" não existe. "A partir do momento em que ela coloca
um aparelho auditivo, juntamente com a terapia fonoadiaudiológica e o
acompanhamento de médico otorrinolaringologista, começa a ter o desenvolvimento
de fala", explica André.
Fonte: Rádio JM
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