Piauí é o 3° no Brasil com pior taxa de proteção à pessoa com deficiência
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Pesquisa também
revela o grau de instrução dos servidores públicos do pi
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou
nesta sexta-feira (15) dados da pesquisa Informações Básicas sobre os Estados
(Estadic 2012). O estudo revela que o Piauí possuiu assistência satisfatória,
através do número de conselhos, à Criança e ao Adolescente, mas que apresenta o
3º pior no ranking dos Estados na garantia dos direitos às pessoas com
deficiência.
“A quantidade de unidades
de Conselhos Estaduais de Direitos da Criança e do Adolescente, por exemplo, deixam
o Piauí entre as melhores assistências do Brasil. Mas quando assunto é a pessoa
com deficiência a situação fica crítica. De acordo com o Censo 2010, somos em
859.627 piauienses. Desse total 27,57% declararam possuir algum tipo
de deficiência”, conta o gerente de informações do IBGE/Piauí, Pedro Soares.
Os dados colhidos e
tabelados são referentes ao ano de 2012. No período pesquisado, o Piauí aparece
na lanterna do ranking nacional, ao lado de São Paulo e Bahia, com a existência
de apenas três conselhos estaduais dedicados a garantia de direitos dos deficientes.
“A estrutura que existe é
insuficiente para atender tamanha demanda. Essa informação deixa um alerta para
o poder público, tanto estadual quanto dos municípios. Agora eles sabem que
tipo de ações públicas devem ser reforçadas”, explica Pedro Soares.
Escolaridade dos
servidores
A pesquisa do IBGE também
catalogou informações sobre o grau de instrução dos servidores públicos
estaduais. O estudo revela que no ano de 2012 ainda era registrada incidência
de baixa escolaridade entre os estatutários estaduais, cobertos pelo Instituto
da Assistência e Previdência do Estado do Piauí (Iapep).
“Foi detectado, por
exemplo, que cerca de 33% dos servidores estaduais do Piauí possuem apenas o
Ensino Fundamental. Essas pessoas representam uma classe que ingressou no
serviço público há cerca de 20, ou 30 anos. Antigamente, quem tinha Ensino
Fundamental no Piauí era considerado doutor”, analisa o gerente de Informações
do IBGE/PI.
O Estadic revela, ainda,
que 36,1% possuem apenas o Ensino Médio. O número cai quando se agrupa as
pessoas com diploma acadêmico (terceiro grau) e/ou especialização, a título de
pós-graduação. No Piauí, esse público representa 28,8% dos servidores
estaduais.
“Seguramente, esse último
número representa os novos servidores públicos aprovados através de concurso.
Eles valorizam mais o ensino superior, sem falar que com a expansão do ensino
na atualidade ficou mais fácil e acessível conseguir diploma acadêmico”, revela
Pedro Soares.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A presidente do Conselho
Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CONEDE-PI), Helena
Lima, e o 1º secretário da entidade, Mauro Eduardo, esclarecem que os dados
divulgados pela pesquisa, no que se refere à quantidade de instrumentos
associados ao Conselho Estadual de Direitos da Pessoa com Deficiência, não
condiz com a realidade.
“O nosso conselho é
deliberativo, paritário e fiscalizador. Nós nos reunimos, ordinariamente, uma
vez por mês e, extraordinariamente, sempre que surge alguma pauta. Além disso,
temos o Fundo Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência,
instituído por lei, e temos mais 30 conselhos municipais criados, em todo o
Estado do Piauí. E estamos em processo de criação de pelo menos mais 20
conselhos municipais”,afirma Mauro Eduardo.
“Os mais de 30
conselhos municipais e o Conselho Estadual são deliberativos, paritários,
fiscalizadores e fazem o acompanhamento das políticas de inclusão da pessoa com
deficiência. A missão dos conselhos é fiscalizar, acompanhar toda a política
estadual ou municipal para a inclusão da pessoa com deficiência e a garantia
desses direitos”, explica Helena Lima.
A presidente do
CONEDE-PI acrescenta ainda que de acordo com dados do próprio IBGE, o Piauí é o
Estado nordestino com maior percentual de municípios com políticas de Inclusão
da Pessoa com Deficiência.
“A população com
deficiência do Estado do Piauí, segundo o IBGE 2010, é 860.430 pessoas, o
percentual é de 27,59%. Além disso, em recente pesquisa, também divulgada pelo
IBGE, o Piauí figurou com o primeiro do Nordeste e o quinto do Brasil em número
de políticas de inclusão da pessoa com deficiência”,acrescenta Helena Lima.
Lívio Galeno
liviogaleno@cidadeverde.com
FONTE
- http://www.cidadeverde.com/piaui-e-o-3-no-brasil-com-pior-taxa-de-protecao-a-pessoa-com-deficiencia-127672
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