Projeto de extensão da Unesp capacita pessoas com deficiência para o trabalho
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Os dados foram muito satisfatórios, pois ao final
do programa 90% dos capacitandos foram contratados pela empresa.
O projeto "Inclusão profissional de pessoas
com deficiência no mercado de trabalho competitivo", da Faculdade de
Filosofia e Ciências da Unesp,
Câmpus de Marília, tem como objetivo capacitar pessoas com deficiências para
o mercado formal de trabalho.
A inserção de pessoas com deficiências no mercado
de trabalho ainda constitui um desafio para a sociedade. As dificuldades de
ingresso no mercado formal de trabalho ocorrem em função de um conjunto de
fatores, como limitações impostas pela deficiência, falta de estrutura social
frente às suas necessidades de reabilitação, educação e
profissionalização, à baixa escolarização e formação profissional, deflagrando
a necessidade de desenvolvimento de habilidades.
Nesse sentido, há necessidade de criar oportunidades
para valorização das potencialidades e fortalecimento dos aspectos que
constituem limitações. Com o advento da Lei nº 8.213/91, art.93, denominada Lei
de Cotas, que assegura a contratação obrigatória de pessoas com
deficiências, respeitando o percentual de 2 a 5%, a partir de empresas com mais
de 100 funcionários, ampliam-se as possibilidades de oferta de vagas de
trabalho para pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
Contudo, tal mudança é processual e a consolidação
do direito ainda está em fase de construção. A colocação no mercado de trabalho
também está associada ao processo de qualificação profissional.
Com participação dos professores Nilson Rogério da
Silva, Deyse Paula de Almeida Silva, Maria Candida Soares Del Masso e Suelen
Moraes de Lorenzo, a pesquisa, publicada na 'Revista Ciência em Extensão', v.7,
n.3, 2011, foi realizada com 10 pessoas com deficiência (física e intelectual).
O projeto contou com a parceria de uma empresa
privada do município. Durante os dois primeiros meses a capacitação ocorreu
integralmente na instituição (ASTI - Associação de Suporte ao Trabalho
Inclusivo), do terceiro ao quinto mês ocorreu meio período na ASTI e meio
período na empresa e no último mês integralmente na empresa.
A ação foi realizada em período de 6 meses, com
carga horária diária de 6h e foram desenvolvidas as seguintes atividades:
treino de habilidades funcionais; treino de atividade de leitura e escrita
funcional, focada nas necessidades do trabalho e nas habilidades requeridas
para o desempenho nas diferentes atividades na empresas; treino de atividades
de vida diária que envolve cuidados de higiene pessoal, aparência e vestuário;
treino de atividades de vida prática e treino de habilidades de
empregabilidade.
Os dados foram muito satisfatórios, pois
ao final do programa 90% dos capacitandos foram contratados pela empresa. Este projeto é realizado por uma equipe
multidisciplinar que envolve docentes de terapia ocupacional, estagiários de
terapia ocupacional, assistente social (docente na área de educação
especial) e estudantes de pedagogia. "Atualmente outro grupo de
deficientes vem sendo capacitado", afirma Nilson Rogério da Silva.
Fonte: http://www.unesp.br
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