Agência admite mudar regra de acessibilidade em avião
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A
Anac (Agência Nacional de Avião Civil) admite que há falhas nas novas normas de
acessibilidade --que devem ser adotadas pelas empresas aéreas, aeroportos e
passageiros- e já cogita a possibilidade de mudá-las.
Jairo Marques de São Paulo
Jairo Marques de São Paulo
Ontem,
numa audiência pública para debater as regras apresentadas há dois meses, a
agência se comprometeu a contemplar sugestões dos presentes -cerca de 50
pessoas- e outras 400 propostas que foram feitas por e-mail.
Entre os
questionamentos feitos ontem estiveram a alocação de assentos reservados,
responsabilidades pelos atendimentos, normas de treinamento e limitação do
número de passageiros com deficiência nos aviões.
As normas vão
nortear o atendimento a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, pessoas
com mais de 60 anos, pais de bebês recém-nascidos, grávidas e crianças sem
acompanhantes.
Essas pessoas
foram 2,6% do total de viajantes em aviões no Brasil, entre 2009 e 2011,
segundo a Anac.
"Muita
coisa ainda não está clara nas medidas. Já aprimoramos, mas vamos mudar
mais", afirmou Fábio Rabbani, superintendente de infraestrutura
aeroportuária da Agência Nacional.
"O que
identificamos que está falho, vai ser mudado", completa Rabbani.
"Com que base vocês montaram a resolução? É preciso
ouvir as pessoas com deficiência. Não há como um cadeirante acessar uma
poltrona sem ajuda [como está descrito na norma] e o treinamento para os
atendentes tem de ser presencial", disse o consultor Humberto Alexandre,
que é cadeirante.
O representante da Gol no evento, Alberto Fajerma,
reclamou da limitação de vagas para deficientes em 50% do número de
comissários. "É preciso levar em conta os acompanhantes dessas pessoas.
Elas podem ajudar mais que um comissário", afirmou.
O comissário de voo Paulo Ricardo Costa, da Ocean
Air/Avianca, disse que a maioria dos aviões brasileiros não possuem poltronas
do corredor com braços removíveis.
Até amanhã, a Anac recebe pelo email
audiencia.facilitacao@anac.gov.br sugestões de modificações nas regras de
acessibilidade. Não há prazo para as novas regras entrarem em vigor.
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