Rio 2016: programa prevê investimento de R$ 2,5 bi na formação de atletas
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Quando os atletas paralímpicos medalhistas em Londres
foram recebidos, na último dia 13, pela presidente Dilma Rousseff, no
Palácio do Planalto, o Governo aproveitou a ocasião para lançar o Plano Brasil Medalhas
2016, que prevê investimentos de R$ 2,5 bilhões e uma série de
medidas para o desenvolvimento de modalidades paralímpicas e olímpicas com foco
nos Jogos Rio 2016. O incentivo prevê ainda a construção do primeiro Centro de
Treinamento Paralímpico.
De acordo com o ministro dos esportes, Aldo Rebelo, o
objetivo é incluir o Brasil entre os dez primeiros no ranking olímpico e entre
os cinco primeiros nos Jogos Paraolímpicos do Rio de Janeiro. “O Brasil
Medalhas 2016 representa um recurso extraordinário de R$ 1 bilhão para os
próximos quatro anos, além de R$ 1,5 bilhão que já estavam regularmente
destinados ao esporte de alto rendimento”, disse o ministro.
Na opinião do velejador Bruno Prada, o incentivo veio na
época certa. “É uma ajuda muito importante, principalmente para a vela, que
precisa de uma estrutura específica”, avalia o velejador, que espera contar com
os recursos para subir ao pódio mais uma vez no Rio, após ter obtido o bronze
em Londres na classe star, ao lado de Robert Scheidt.
Para o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro
(CPB), Andrew Parsons, é desafiadora a meta de passar do sétimo lugar no quadro
de medalhas, conseguido em Londres, para o quinto lugar daqui a quatro anos.
“Vai ser difícil, mas o Centro de Treinamento, que é um sonho da comunidade
paraolímpica, vai fazer com que tenhamos condições de disputar com as grandes
potências”, frisou o presidente do CPB, referindo-se ao projeto de apoio para a
construção de um centro de treinamento para várias modalidades paraolímpicas,
previsto no Brasil Medalhas.
MODALIDADES
– O Ministério do Esporte vai priorizar os investimentos nas modalidades com
mais chances de obter medalhas. Foram escolhidas 21 olímpicas e 15
paralímpicas. A estratégia é obter, paralelamente, crescimento intensivo e
extensivo no desempenho esportivo. Isso significa conquistar mais medalhas nas
modalidades que já as obtiveram e chegar ao pódio nas que ainda não
conseguiram.
As modalidades olímpicas selecionadas são: águas abertas
(novo nome para maratona aquática), atletismo, basquetebol, boxe, canoagem,
ciclismo BMX, futebol feminino, ginástica artística, handebol, hipismo
(saltos), judô, lutas, natação, pentatlo moderno, taekwondo, tênis, tiro
esportivo, triatlo, vela, vôlei e vôlei de praia. As paralímpicas são:
atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima em cadeiras de rodas, futebol de
5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, natação, remo, tênis
de mesa e voleibol sentado.
As demais modalidades continuarão sendo apoiadas pelo
Ministério do Esporte e seguirão recebendo recursos pelas fontes tradicionais
de financiamento federal.
CENTROS
DE TREINAMENTO – O Plano Brasil Medalhas 2016 destina R$ 310
milhões para construção, reforma e operação de 22 centros de treinamento,
selecionados em conjunto com os comitês Olímpico e Paraolímpico, as confederações
nacionais, clubes, estados e municípios. Desses, 21 são centros de modalidades
olímpicas e um paraolímpico, seguindo a recomendação do Comitê Paraolímpico
Brasileiro, que vai unificar todas as modalidades em um só local de
treinamento. O apoio também prevê a aquisição de equipamentos esportivos.
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