CNH: pessoas com deficiência auditiva podem fazer prova no DF
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Queridos leitores olha que notícia boa para as pessoas com deficiência auditiva e surdos de Brasília. Que esta prática se espalhe por todas as auto escolas do Brasil porque todos os surdos tem este direito já garantido em lei.
Após anos de
espera, os brasilienses com deficiência auditiva poderão fazer prova em Língua
Brasileira de Sinais (Libras) para tirar a Carteira
Nacional de Habilitação (CNH). O Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF)
espera que, ainda este ano, passe a usar as
Libras nos exames teóricos para tirar carteira de motorista, que atualmente são
aplicados apenas em português.
A novidade foi celebrada pela Associação de Pais e Amigos dos Surdos do DF (Apada-DF),
que há anos luta para conseguir que os órgãos públicos adaptem provas e
atendimentos às pessoas com deficiência. “Nós pressionamos a direção do Detran
há tempos, assim como outros órgãos que oferecem intérpretes, mas ainda não
fazem material específico para as pessoas com deficiência auditiva”, fala
Marcos de Brito, coordenador do curso de Libras da associação.
A Maria Pedrivânia Batista, 33, tem deficiência auditiva e conseguiu a
aprovação no teste teórico. Agora faz aulas práticas para obter a habilitação.
Ela é aluna do instrutor de direção Diógenes de Oliveira Costa, 36, que desde
1999 dá aulas para alunos com deficiência auditiva.
Por meio do intérprete, Vânia, como gosta de ser chamada, acredita
que a mudança vai ser boa para todos, porque permite a dissociação do português
e da Libras. “Passei [no exame], foi tranquilo, porque me dediquei. Mas, quando
tinha alguma palavra complicada precisava chamar o fiscal e pedir ajuda”, conta
ela.
Barreira
O coordenador da Apada explica que a dificuldade é enorme para as
pessoas com deficiência fazerem o exame. “Uma palavra como núcleo, usada em
‘núcleo de trânsito’, tem vários significados, mas, para eles, a primeira coisa
que conseguem imaginar é a parte química, ligado aos átomos”, diz. Marcos
acrescenta que ao ler a prova eles buscam imagens na mente para tentar
responder. “A semântica e a realidade são muito diferentes”, afirma.
Diógenes reforça que a nova prova vai facilitar para os alunos. “Eles
ainda têm muito dificuldade e acabam sendo reprovados várias vezes.” Mas, por
precaução, o instrutor ainda não havia dado a notícia aos novos alunos. “Se por
acaso não acontecer logo, eles vão ficar frustrados”, diz.
Fonte: Band / Metro Brasília
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