Acessibilidade: Como é e como precisa ser.

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          A luta da pessoa com deficiência começou na década de 1980. Esta luta foi para que os mesmos fossem reconhecidos como seres humanos e para mostrar que poderíamos participar da sociedade de igual para igual se tivéssemos alguns direitos garantidos. Começou de forma tímida, segregada e sem apoio de quem não vivia esta realidade.
       Hoje graças a estes pioneiros e guerreiros temos várias leis que nos ajudam a ter o mesmo direito que as pessoas sem deficiência: o direito de IR e VIR. O Brasil possui uma vasta legislação em vigor. Começou com a Constituição de 1988 e aos poucos foi se criando leis específicas.
Temos o direito ao voto, a educação, ao trabalho, a saúde, ao atendimento prioritário, ao transporte acessível, a acessibilidade, mas infelizmente elas não são respeitadas. Podemos votar, mas algumas zonas eleitorais não estão acessíveis. Podemos frequentar as escolas regulares, mas os professores e as mesmas ainda não estão totalmente preparados. O atendimento prioritário não é garantido a todos e muitas vezes a pessoa com deficiência tem que provar que realmente precisa e mesmo assim não tem o seu direito respeitado. As empresas com mais de 100 funcionários tem que ter pelo menos 2% de pessoas com deficiência trabalhando, mas eles não querem adaptar a empresa e nem a abrir a mente para nos receber.
A acessibilidade é desrespeitada em todas elas, ela que garante nosso direito de ir e vir sem obstáculos, mas os ditos “normais” não querem adaptar sua loja, sua calçada, seu coração para nos receber.  O governo deveria dar exemplo tendo todo o serviço público acessível, mas também não o faz e não fiscaliza os que estão irregulares.
Precisamos que aja intérprete de Libras em órgãos públicos, em eventos, nas escolas e na televisão, que a audiodescrição esteja em todos os veículos de comunicação de som e imagem, que professores sejam treinados para receber bem seus alunos com deficiência, que cães guias sejam treinados e entregues aos deficientes visuais, que as calçadas sejam planas, com piso tátil e sem obstáculos, que aja rampas em todas as esquinas e que sejam construídas da forma correta, que os ônibus tenham elevadores e funcionários capacitados para atender à pessoa com deficiência, mas precisamos mesmo que vocês nos olhem com carinho e respeito nos tratando como iguais.
Isto tudo já é garantido nas leis, mas infelizmente não são cumpridas.
 A luta não parou e não pode parar porque só as leis não estão garantindo nossos direitos conquistados com tanta perseverança. Temos que continuar pedindo, falando e agindo para que sejamos vistos, ouvidos e respeitados.
Que esta realidade mude cada dia mais, pois realmente fazemos parte da sociedade e podemos contribuir muito com ela.

FERNANDA A. ZAGO

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