Acessibilidade Atitudinal: Quando Somos Acessíveis?
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Acessibilidade
Atitudinal, nada mais é que a atitude pessoal de cada indivíduo. Aparentemente
é algo simples, mas como veremos no texto abaixo, ela vai além do discursso, e
por isso mesmo faz a diferença entre estarmos na sociedade como cidadãos que
somos, ou à margem dela, como cidadãos sem cidadania.
Como
abordar um deficiente visual? É uma pergunta provocativa, mas essa é a
intenção: “PROVOCAR”.
Se
estiver em uma sala, onde também esteja presente um deficiente visual e
precisar passar um recado, uma informação ou aviso pra ele, como você o faz?
A
pergunta pode parecer estranha, mas tenho certeza que você parou para pensar
antes de responder, digo isso por ter feito a mesma pergunta a muitas pessoas e
todas, sem exceção, pararam para pensar no assunto.
Imaginemos
uma situação comum...
O
ambiente: nada mais comum que uma parada de ônibus, onde pessoas vêm e vão,
vindas de todos os lugares e indo em direção à toda cidade e pelas mais
diversas razões.
Lá
está você, esperando por seu ônibus e eis que chega aquela figura com uma
bengala na mão e se posta junto às outras pessoas.
O que
você faz? Provavelmente se põe a observá-la, não é mesmo? O seu ônibus não
chega e por isso, percebe que dois ônibus passam, e nenhum deles serve para
aquela pessoa.
Como
soube disso? Simples: a pessoa fez sinal para os ônibus, que pararam e abriram
a porta, neste momento, você ouve o deficiente fazer uma pergunta para dentro
do ônibus.
Você
não ouviu a resposta, pois continua a uma certa distância do deficiente, a
mesma em que estava quando ele chegou, mas pôde ouví-lo perfeitamente
agradecendo e pôde vê-lo voltar o corpo à posição anterior.
Pensa
com seus botões por quê o indivíduo fez aquele movimento de corpo e chega à
conclusão de que o fez para poder ouvir a resposta à sua pergunta.
Bem, o
que você tem de concreto até agora? Uma parada de ônibus, onde pessoas esperam
por aquele que os levará ao seu destino, mas, entre elas está um deficiente
visual.
Estranho?
Incomum? Talvez nem tanto. O estranho e incomum é a situação em si, pois aquele
indivíduo não enxerga e portanto não tem como saber se o veículo que se
aproxima é um ônibus, e se for, não tem como saber se aquele é o ônibus que
precisa pegar.
Volto
a perguntar: o que você faz nessa situação: segue seu caminho ou se aproxima?
Qual é a sua ATITUDE?
Lembra
da pergunta do título deste texto: quando é que somos acessíveis? Se para a
pergunta você respondeu: me aproximo do indivíduo com o propósito de auxiliá-lo,
você teve ATITUDE.
A
isso, nós damos o nome de ACESSIBILIDADE ATITUDINAL, ou seja, ATITUDE PESSOAL,
que se traduz também como solidariedade.
Essa
Acessibilidade, vai além do contato eventual em que acabei de descrever, ela
pode estar presente em todos os ambientes: no trabalho e em ambientes públicos,
como uma parada de ônibus, um bar, uma sala de espetáculos, um restaurante,
etc.
Não
bastasse isso ser uma questão de educação, solidariedade, ser humano e
fraterno, é também uma questão de direito, pois a Lei de Acessibilidade,
garante a todos que têm necessidades especiais, um tratamento digno e
respeitoso.
Quando
em um ambiente público a acessibilidade arquitetônica não corresponde ao que a
lei determina e não por uma questão de cumprimento de lei, mas para garantir
aquele que precisa, ter assegurada a sua dignidade e segurança, esse ambiente
precisa suprir essa lacuna com a ACESSIBILIDADE ATITUDINAL.
Reforço
porém, minha opinião pessoal de que essa Acessibilidade é, antes de mais nada,
uma questão de educação e respeito por outro ser humano, independente dele ter
ou não uma necessidade especial.
A quem
cabe dar o primeiro passo?
Isso
significa que aquele que necessita de Acessibilidade Atitudinal, também precisa
compreender que muitas pessoas não sabem como se aproximar. Não sabem que no
caso do nosso amigo, o correto seria que ele fosse tocado no ombro, ou na mão,
e assim saber que estão falando com ele.
Mais
uma vez, digo o que já foi dito, a INCLUSÃO é uma via de duas mãos, e é
impossível acreditar que só o outro tem obrigações, ou que só o outro tem
direitos, fazemos todos parte de uma mesma sociedade onde cada um tem seu papel
a exercer.
Aos
interessados pelo assunto, basta acessar em qualquer site de busca (lei de
acessibilidade), lá encontrarão maiores detalhes sobre a lei, ou pode acessar
este endereço: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10098.htm
Fonte: Movimento Livre
Muito bom ler sobre esse assunto. Obrigado por compartilhar de acessibilidade atitudinal com todos nós,você realmente fez eu pensar na minha atitude. Abraços
ResponderExcluirMuito bom; precisava de uma pesquisa que me descreve - se com clareza esse tema, porém não tinha encontrado, mas o seu texto me proporcionou isso. Obrigada!
ResponderExcluirObrigada por todo esse conhecimento me ajudará muito na minha pesquisa
ResponderExcluirObrigada pela explicação. Linguagem de fácil entendimento. Parabéns!
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